Curso de formação em Diadema qualifica trabalho de agentes nas comunidades

Articuladores territoriais vão desenvolver plano de ação para implementação de novas políticas públicas

  • Data: 31/01/2024 13:01
  • Alterado: 31/01/2024 13:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: PMD
Curso de formação em Diadema qualifica trabalho de agentes nas comunidades

As educadoras Patrícia Alves e Magali Osório

Crédito:Mauro Pedroso

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Em mais um encontro do curso de formação de articuladores territoriais, realizado na segunda-feira (29) na Associação Vila Alice e Vila Cláudia, os membros do Fórum de Participação Popular e moradores do bairro tiveram mais informações sobre as ferramentas a serem utilizadas para desenvolver trabalho nas comunidades da cidade.

O curso está a cargo de Patrícia Alves e Magali Osório, educadoras da Associação Interação, entidade voltada à qualificação de agentes públicos e privados. Ao abordarem a necessidade da elaboração de um plano de ação na comunidade, elas ressaltaram que, antes, é preciso fazer um mapeamento do território, pois ele vai definir quais serão as políticas públicas a serem implementadas com o envolvimento dos moradores.

“A partir daí a gente consegue se mobilizar e fazer as articulações políticas necessárias com os órgãos públicos para colocar em prática as novas políticas”, ensinaram. O curso começou em novembro do ano passado e está capacitando os agentes de mobilização e os articuladores territoriais para agirem nas comunidades.

Ainda faltam três encontros, a serem realizados em associações de bairro, que vão abordar temas como os métodos de articulação, mobilização e organização social, a relação entre as redes sociais e a articulação comunitária, e as etapas do trabalho de mobilização, organização social e processos participativos.

Para Dejanira Maria, diretora de Participação Popular, essa qualificação vai significar o fortalecimento de um diálogo real com os moradores. “É dessa forma que vamos alcançar nosso objetivo de promover uma gestão com mais diversidade, com mais inclusão e com políticas que alcancem todos, principalmente na periferia”, comentou.

Participantes do encontro têm diferentes histórias de vida

A anfitriã do encontro foi Durben Silva, presidenta da Associação dos Moradores da Vila Alice e Vila Cláudia – e participante do Fórum – que tem uma longa história de luta por benfeitorias para os moradores. “Ocupamos a área há 43 anos, logo formamos a associação porque aqui não tinha nada, nem água, luz ou asfalto. Era um monte de barracos, vielas e becos”, comentou.

Foram quatro desocupações, com polícia e cães. “Nós resistimos e não paramos de lutar. E hoje o bairro tem toda a infraestrutura e aqui em frente passam quatro linhas de ônibus. Foi muita briga, mas tivemos resultado total”, disse.

A Associação se fortaleceu e passou a desenvolver projetos de moradia e loteamentos. A sede abriga cursos da Fundação Florestan Fernandes, tem um cursinho pré-vestibular e abre espaços para grupos de mulheres. “A gente tem de evoluir, não pode parar”, ponderou.

Um dos mais jovens participantes do Fórum é o estudante Diogo Alexandre, de 14 anos, morador no Campanário e que não perde uma palestra do curso de formação. “Procuro desenvolver um bom conhecimento nessa área de participação popular pois minha intenção é ser a voz da minha rua, do meu bairro. Essas informações também vão ajudar na minha vida profissional e social”, afirmou.

Ele comentou que seu propósito é atender as necessidades dos moradores e melhorar a questão social “pois ainda existe muita desigualdade”, e também trabalhar a questão ambiental “para termos um ambiente menos poluído, com mais programas de reciclagem”.

José Carlos Pereira, o Soró do Ruyce, participa do Fórum para adquirir conhecimento e experiência. “Sou liderança da comunidade na Barão de Uruguaiana e estou aqui como um aprendizado, com o objetivo de levar benfeitorias para o pessoal”, comentou.

Duas das demandas apresentadas a ele pelos moradores é a melhoria da passarela sobre a Imigrantes perto da Santa e o recapeamentos de ruas no bairro. “A Ecovias deixa a desejar, pois a passarela é escura e escorregadia, e lá no bairro tem várias ruas com buracos, como a Ferraz Alvim. Eu moro lá e vejo o que está acontecendo”.

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Crédito:Mauro Pedroso Diogo Alexandre
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Crédito:Mauro Pedroso Durben, presidenta da Associação
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Crédito:Mauro Pedroso Soró do Ruyce

  • Data: 31/01/2024 01:01
  • Alterado:31/01/2024 13:01
  • Autor: Redação
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