Covid na China e guerra na Ucrânia vão prolongar crise mundial dos chips
Atrasos na produção de equipamentos eletrônicos e automóveis se tornaram frequentes pela falta de insumos
- Data: 12/01/2023 13:01
- Alterado: 12/01/2023 13:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
Desde o início da pandemia da covid-19, a falta de semicondutores, ou chips, se tornou uma enorme dor de cabeça para indústrias. Atrasos na produção de equipamentos eletrônicos e automóveis se tornaram frequentes pela falta de insumos. A má notícia é que ainda deve levar algum tempo para esse fornecimento se regularizar, trazendo implicações para o crescimento e a inflação globais.
A pesquisadora do Federal Reserve (Fed) de Chicago Kristin Dziczek publicou artigo em que faz uma análise sobre os motivos de, segundo ela, a crise dos semicondutores ainda não ter acabado. Ela cita, por exemplo, uma seca prolongada em Taiwan, paralisações relacionadas à covid-19 na China e a guerra na Ucrânia. “A combinação desses fatores continua a dificultar o fornecimento de produção suficiente para atender à demanda global.”
Após pressão popular, o governo de Xi Jinping relaxou algumas restrições sanitárias, mas o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (Abisemi), Rogério Nunes, afirma que a pandemia ainda preocupa. “A China produz também bens finais, como celulares e computadores, que usam semicondutores. Se esses produtos não forem fabricados, temos sobra de chips. Então, o que ocorre no país asiático com a pandemia influencia diretamente oferta e demanda.”