Covid-19: o que sabemos até agora sobre a nova cepa do vírus na Europa

Cepa que está se tornando dominante em Londres e no sudeste da Inglaterra é até 70% mais transmissível que versões anteriores do SARS-CoV-2

  • Data: 21/12/2020 11:12
  • Alterado: 21/12/2020 11:12
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Covid-19: o que sabemos até agora sobre a nova cepa do vírus na Europa

Mutação da covid-19 é 70% mais transmissível

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Diante de uma nova cepa do SARS-CoV-2, vírus que causa a covid-19, o Reino Unido anunciou neste sábado, 19, restrições mais duras a Londres e parte do país.

A variante pode ser até 70% mais transmissível do que as versões anteriores do vírus, de acordo com o primeiro-ministro Boris Johnson. A nova mutação foi detectada pela primeira vez no sudeste da Inglaterra em setembro e está rapidamente se tornando a cepa dominante em Londres e outras regiões do país. Especialistas disseram, no entanto, que não parece mais mortal ou mais resistente às vacinas.

O principal conselheiro científico do Reino Unido, Patrick Vallance, disse ao The Washington Post que o “vírus se espalhou” após ser observado por meses. “E está se movendo rapidamente, o que levou a um forte aumento nas hospitalizações”, disse ele. O cientista continuou dizendo, porém, que o surto da nova cepa “é controlável e há luz no fim do túnel com a vacinação iniciada”. O Reino Unido foi o primeiro país a aprovar a nova vacina Pfizer/BioNTech e a iniciar um programa de imunização em massa, no início deste mês.

Há algumas semanas, a nova cepa era associada a apenas 10% ou 15% dos casos de covid-19 em algumas áreas britânicas; agora, a variante é responsável por 60% dos casos em Londres, segundo o The Guardian. Os cientistas, no entanto, ainda não conseguiram apontar por que essa mutação do vírus se espalha mais rápido.

Pesquisadores enfatizaram que esse tipo de mutação não é surpreendente. A professora de microbiologia da Universidade de Cambridge Sharon Peacock, diretora do Covid-19 Genomics UK Consortium, destacou que milhares de mutações no coronavírus foram identificadas desde seu surgimento. “O grande número (de mutações) não tem impacto”, disse ela ao Post. “As mutações fazem parte da vida natural.”

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  • Data: 21/12/2020 11:12
  • Alterado:21/12/2020 11:12
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