Covid-19 continua a dominar casos de SRAG no Brasil, segundo Fiocruz
Estudo revela dados preocupantes sobre a saúde dos idosos e crianças
- Data: 10/01/2025 14:01
- Alterado: 10/01/2025 14:01
- Autor: Redação
- Fonte: Fiocruz
Crédito:Marcelo Camargo/Agência Brasil
A pandemia de covid-19 permanece como um fator predominante na ocorrência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil, representando 41,3% dos casos positivos. Essa informação foi divulgada na mais recente edição do boletim InfoGripe, elaborado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que monitora as incidências dessa condição clínica em todo o território nacional.
No estudo publicado nesta quinta-feira (9), os especialistas notaram uma redução geral nos casos de SRAG. No entanto, alguns estados, como Alagoas, Paraíba, Acre, Rondônia e Roraima, têm apresentado um aumento oscilante nas ocorrências entre a população idosa. Embora os dados ainda não sejam suficientemente precisos para estabelecer uma relação direta com a covid-19, a coordenadora do InfoGripe, Tatiana Portella, que também atua no Programa de Computação Científica da Fiocruz, indica que a covid-19 continua sendo a principal causa de SRAG entre os idosos.
Nos últimos dias, o rinovírus se destacou como o agente responsável pela maior parte dos casos de SRAG em crianças e adolescentes com até 14 anos. Em contrapartida, o Sars-CoV-2 continua a ser o vírus predominante entre indivíduos acima de 65 anos.
A distribuição da prevalência viral observada nos quatro boletins epidemiológicos mais recentes revela a seguinte composição: 7,7% para influenza A; 4,9% para influenza B; 13% para vírus sincicial respiratório (VSR); 26,9% para rinovírus e 41,3% para Sars-CoV-2. Em relação ao número de óbitos, a maioria das mortes ocorreu entre pacientes diagnosticados com covid-19, representando 74,1%, seguidos por aqueles infectados pelo rinovírus (9,7%) e influenza A (7,4%).
Os dados apresentados referem-se à análise realizada entre os dias 29 de dezembro de 2024 e 4 de janeiro de 2025. É importante notar que o período festivo pode acarretar atrasos nas notificações registradas junto às autoridades sanitárias.