Coordenadoria de Diversidades e Florestan constroem projeto literário de narrativas LGBTs
“Território Diverso” contará com oficinas de produção de textos e contação de histórias sobre o cotidiano dessa população
- Data: 19/09/2023 18:09
- Alterado: 19/09/2023 18:09
- Autor: Redação
- Fonte: PMD
Crédito:Divulgação
A Prefeitura de Diadema, por meio da Coordenadoria de Políticas de Cidadania e Diversidades (CPOCD) e da Fundação Florestan Fernandes, participou do lançamento, na segunda-feira (18), do projeto Território Diverso, que consiste em oficinas de produção de textos e contação de histórias voltadas à população LGBTQIA+, produzindo narrativas que revelem seus percursos biográficos, dificuldades cotidianas, demandas específicas e formas de mobilização social e conscientização da população.
O projeto é uma construção coletiva da CPOCD, Fundação Florestan Fernandes, Associação Viva A Diversidade, Fórum Benedita da Silva, Cooperativa Central do ABC (Coopcent ABC) e o Laboratório da Palavra, parte do Programa Avançado de Leitura Contemporânea da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Estão previstas 8 oficinas remotas ao longo de 3 meses, com 30 pessoas da população LGBT+ da região do ABCD, de São Paulo e de Guarulhos, além de atividades presenciais. O resultado final será um livro com essas histórias, lançado com palestras e debates.
“A UFRJ fez um trabalho parecido com os catadores de recicláveis, durante a pandemia, que gerou o projeto Quarentena da Resistência,” explicou Robson de Carvalho, coordenador da CPOCD. “Desde o início da coordenadoria detectamos a necessidade de projetos educacionais e de formação para a população LGBT+ e este, trazido pela Profa, Rosângela Gomes de Souza, da Florestan, se encaixou direitinho no que procurávamos. Trata-se de sonhar junto, de trazer mais esperança a esta população, tão sujeita à discriminação e violência. Como coordenadoria e como prefeitura, desejamos que este projeto contribua para uma Diadema mais feliz e mais inclusa.”
“Em nosso projeto anterior, buscávamos visibilizar as catadoras,” contou o Prof. Eduardo Coelho, coordenador do Laboratório da Palavra, da UFRJ. “Com elas escrevendo sobre si e sobre experiências pessoais e coletivas. É a expansão de um olhar e também a expansão de uma escuta. É um projeto que busca justamente isso, descobrir o que esta população deseja. O que desejam melhorar em suas vidas. E, a partir daí, mobilizar políticas públicas que atendam as necessidades detectadas.”
A Vice-prefeita Patty Ferreira participou do lançamento aproveitou para reiterar seu apoio ao projeto e à pauta LGBT+. “Ações como essa são muito importantes, pois nos colocam para dialogar uns com os outros. E o diálogo é a base de tudo. É construção e fortalecimento. Quero saudar todos os que estão juntos aqui desenvolvendo mecanismos para combater o preconceito. Quero dizer que a Prefeitura e esta gestão minha e do Prefeito Filippi lutam por esta causa e estamos à disposição.”
Lucas, um dos participantes, é um jovem filho de uma das catadoras que participou do Quarentena da Resistência. “Eu tive o privilégio de acompanhar todo o processo ao lado de minha mãe e vi o quanto o projeto foi transformador para ela e para a gente. Quando surgiu essa oportunidade de participar e contar as minhas histórias, fiquei muito animado. Quero poder contribuir para um mundo melhor, um mundo mais tranquilo para os que virão depois de mim.”
Mais informações sobre o projeto Território Diverso podem ser obtidas pelo e-mail [email protected]