Confronto entre indígenas e PM em Dourados

Manifestação por escassez de água expõe tensões e necessidade urgente de soluções sustentáveis para as aldeias.

  • Data: 27/11/2024 21:11
  • Alterado: 27/11/2024 21:11
  • Autor: redação
  • Fonte: Assessoria
Confronto entre indígenas e PM em Dourados

Crédito:Reprodução/ @ciminacional no X

Você está em:

A recente manifestação de indígenas na reserva de Dourados, Mato Grosso do Sul, reflete a tensão crescente entre comunidades locais e autoridades. Na última quarta-feira (27), um protesto pacífico contra a persistente falta de água nas aldeias Bororó e Jaguapiru resultou em confronto com a Polícia Militar, que utilizou balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Esta situação é agravada pela longa estiagem que afeta a região, obrigando os moradores a recorrerem a açudes distantes para suprir suas necessidades básicas.

Os indígenas iniciaram o bloqueio da rodovia MS-156, um importante eixo de conexão entre Dourados e Itaporã, desde o início da semana, buscando chamar atenção para sua causa. Em resposta, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública declarou que a ação policial foi necessária para desobstruir a via e restabelecer os direitos constitucionais dos cidadãos.

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) critica a operação, alegando ilegalidade na atuação da Polícia Militar em áreas sob jurisdição federal, como são as terras indígenas. De acordo com o Cimi, a brutalidade dos agentes durante o confronto tornou-se uma prática comum na região.

A reserva indígena de Dourados é uma das maiores do Brasil, abrigando mais de 13 mil pessoas das etnias guarani, kaiowá e terena. Embora um acordo tenha sido firmado recentemente entre a prefeitura local e o Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul para construção de novos poços, ainda não há previsão para início das obras.

A situação evidencia a necessidade urgente de soluções sustentáveis para o abastecimento de água nas aldeias, garantindo os direitos fundamentais dos povos indígenas e evitando conflitos futuros. Enquanto isso, espera-se um posicionamento oficial da Funai sobre o ocorrido.

Compartilhar:

  • Data: 27/11/2024 09:11
  • Alterado:27/11/2024 21:11
  • Autor: redação
  • Fonte: Assessoria









Copyright © 2024 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados