Conflito em Gaza: Mais de 45 mil mortos, 70% são mulheres e crianças

ONU denuncia crimes de guerra

  • Data: 16/12/2024 07:12
  • Alterado: 16/12/2024 07:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: G1
Conflito em Gaza: Mais de 45 mil mortos, 70% são mulheres e crianças

Crédito:Reprodução/X-Twitter

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Nesta segunda (16) o Ministério da Saúde de Gaza, que está sob controle do Hamas, divulgou um balanço alarmante sobre a situação na região. O número total de mortos decorrentes da ofensiva militar, que se intensificou após o início do conflito entre Israel e Hamas, já ultrapassou 45 mil. Dados coletados indicam que aproximadamente 70% das vítimas são mulheres e crianças, conforme informações da Organização das Nações Unidas (ONU).

Imagens impactantes mostram pessoas realizando orações ao lado dos corpos de palestinos que perderam suas vidas em um ataque israelense no hospital Nasser, localizado em Khan Younis, na Faixa de Gaza.

O registro atual contabiliza 45.028 mortes, resultado direto dos bombardeios e operações militares terrestres realizadas pelas forças israelenses. O relatório não discrimina entre civis e membros do Hamas ou outros grupos armados operando na região.

A escalada do conflito teve início em 7 de outubro de 2023, quando um ataque terrorista em solo israelense resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas e no sequestro de aproximadamente 250 indivíduos pelo Hamas.

De acordo com os dados disponíveis da ONU, mais de oito mil mortes foram verificadas até o momento, das quais a esmagadora maioria são de mulheres e crianças. Essa verificação continua em andamento à medida que a ONU busca documentar todas as fatalidades reportadas pelo Ministério da Saúde de Gaza.

Em contraste, o governo israelense estima que cerca de 17 mil dos mortos em Gaza eram combatentes terroristas.

Mandados de Prisão e Acusações Internacionais

A organização Human Rights Watch apresentou acusações contra Israel relacionadas a crimes contra a humanidade. Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão internacionais para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, alegando envolvimento em crimes de guerra.

Os mandados também se estendem a Mohammed Deif, líder do Hamas, supostamente morto por Israel, além do ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, que foi destituído recentemente por Netanyahu. O TPI afirma possuir evidências suficientes para sustentar que os acusados perpetraram crimes de guerra ao atacar deliberadamente alvos civis. As acusações incluem práticas como “indução à fome como método de guerra” atribuídas a Israel e “extermínio de povo” vinculadas ao Hamas.

Os mandados emitidos pelo TPI têm validade para os 124 países signatários do tratado — incluindo o Brasil — obrigando esses governos a cumprir as determinações e prender qualquer um dos condenados que adentrem seus territórios.

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  • Data: 16/12/2024 07:12
  • Alterado:16/12/2024 07:12
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  • Fonte: G1









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