Comunidade do Jardim Ana Maria dá boas-vindas aos médicos de Cuba
Os sete estrangeiros que integram o programa federal foram recepcionados nesta segunda-feira (4) em unidade de Saúde do segundo subdistrito de Santo André
- Data: 05/11/2013 11:11
- Alterado: 05/11/2013 11:11
- Autor: Elaine Granconato
- Fonte: Secom PSA
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No lugar de vaias, palmas. Em vez de gestos de hostilidade ou desrespeito, palavras de incentivo e de confiança. Foi dessa forma que os sete médicos, oriundos de Cuba, foram recepcionados pela comunidade do Jardim Ana Maria nesta segunda-feira (4), na US (Unidade de Saúde) local. O frei franciscano Luiz Favaron, há 20 anos à frente da Paróquia Santa Gemma Galgani e uma das principais lideranças do bairro, idealizou a inédita iniciativa no Grande ABC aos profissionais do programa Mais Médicos.
“Temos muito orgulho da presença dos médicos de fora, neste caso de Cuba, que chegam para ajudar o nosso povo”, afirmou Luiz Favaron, cercado pelos profissionais da ilha caribenha, funcionários e usuários da unidade, localizada em imóvel alugado pela Secretaria de Saúde. Na fala rápida de improviso, o religioso ressaltou que a medicina cubana é uma das mais adiantadas.
Os sete cubanos chegaram a Santo André na última quinta-feira (31) e foram apresentados ao prefeito Carlos Grana, oficialmente, na sexta-feira (1º). Com o reforço na rede de atenção básica do município, frei Luiz Favaron fez questão de dar a boa nova aos fiéis durante as missas do fim de semana na igreja, que tem a italiana Santa Gemma Galgani como a protetora dos farmacêuticos. “Ouvi o padre falar sobre os médicos de fora na missa das 9h30 deste domingo (3)”, contou a dona de casa Luiza Bessa de Souza, 36 anos, que foi conhecer os novos profissionais na unidade, mas se enrolou após ser indagada sobre o país de origem dos estrangeiros.
O acanhado espaço físico da unidade de Saúde do Jardim Ana Maria, que também atende aos moradores do Jardim Itapoan, não será empecilho para Pedro Orlando Rodrigues Palacio, 49 anos, casado com uma médica oftalmologista, mas que ficou em Cuba para cuidar dos dois filhos pequenos. Formado pela Faculdade de Ciências Médicas de Holguin, em 1991, o profissional já atuou na Venezuela por quatro anos e na Bolívia por dois. No entanto, ressaltou que o brasileiro se mostra mais amável.
Em Santo André, Pedro Orlando e os outros seis colegas começarão nesta quinta-feira (7) em sete equipamentos municipais – três deles instalados na região do segundo subdistrito, como é o caso do Jardim Ana Maria. A unidade onde o profissional trabalhará tem hoje 2.451 famílias cadastradas, que representam 8.644 pessoas, das quais 1.153 hipertensos e 376 diabéticos. Em média, atenderá cerca de 30 pacientes por dia, junto dos profissionais da equipe ESF (Estratégia de Saúde da Família).