Como escapar da dependência do INSS?
Quase metade dos brasileiros esperam contar apenas com recursos da Previdência Social na aposentadoria
- Data: 30/08/2018 14:08
- Alterado: 30/08/2018 14:08
- Autor: Redação ABCdoABC
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A grande maioria dos trabalhadores brasileiros ainda não estão educados financeiramente e não estão se preparando para a velhice. Prova disso são os dados de uma recente pesquisa do Datafolha, encomendada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), onde mostra que 47% dos brasileiros esperam contar apenas com os recursos do INSS na aposentadoria.
O levantamento revelou ainda que 28% das pessoas pretendem continuar no mercado de trabalho quando estiverem na idade de aposentadoria, enquanto 2% acreditam que terão apoio dos filhos ou dos familiares.
Apenas dois em cada dez brasileiros (21%) estão se planejando de uma ou mais formas para o futuro: 10% pretendem utilizar o dinheiro de aplicações financeiras, 6% já possuem um plano de previdência privada, 4% receberão aluguéis de imóveis que possuem e 1% diz ter economias guardadas.
Os dados são preocupantes e são a prova de que a educação financeira se faz urgente na vida dos brasileiros para que tenham um futuro mais saudável financeiramente, já que é de conhecimento de todos que, mesmo contribuindo para o INSS e tendo trabalhado com carteira assinada a vida toda, a quantia recebida pelo governo não é suficiente.
Portanto começar a se planejar para a aposentadoria se tornou essencial. Para aqueles que ainda sequer começaram a pensar no assunto, apresento algumas orientações para que trabalhar até os últimos dias de sua vida não seja uma opção.
Analise em primeiro lugar qual será o padrão de vida que deseja ter após a aposentadoria, também levando em consideração que os gastos podem subir, já que pessoas com mais idade costumam comprar mais remédios e gastar mais com os filhos e netos. Lembrando que nem sempre ter um padrão de vida alto é sinal de uma aposentadoria segura, mas sim a tranquilidade de não depender da ajuda de parentes ou outras pessoas para viver.
O ideal é começar a fazer as contas o quanto antes, assim será mais fácil poupar a quantia necessária para a sua aposentadoria. Por exemplo: um jovem que está na casa dos 20 anos pode começar uma reserva de emergência entre 6 e 12 meses de salário, e assim investir todo o resto nesse sonho.
A ideia é não guardar o que sobra do seu salário ou renda mensal, mas sim encontrar um percentual que seja possível de ser poupado, podendo aumentar durante o tempo, caso sua renda também aumente.
FÓRMULA DA APOSENTADORIA
Com base na minha experiência profissional e pessoal, criei uma fórmula para auxiliar as pessoas nesse planejamento. O grande segredo é encontrar o “número da sua aposentadoria”, ou seja, saber o quanto pretende ganhar mensalmente a partir da data em que decidir parar de trabalhar por obrigação. Acredite, fazendo as contas certas, é possível chegar lá.
Mas lembre-se: esse número deve ser de, no mínimo, o dobro do seu padrão de vida, assim será possível sacar 50% do que lucrar com os juros mensais dessa aplicação para viver da forma que planejou, e guardar o restante como reserva, que irá se acumular e continuar trazendo rendimento.
Sempre é tempo para educar-se financeiramente e mudar o comportamento em relação ao dinheiro para pode desfrutar de um futuro mais sustentável.
QUASE
Em tempos de discussão sobre reforma da Previdência, quase metade (47%) dos brasileiros que ainda não se aposentaram espera contar apenas com os recursos da Previdência Social, o INSS, para se manter na velhice. É o que mostra levantamento feito pelo Datafolha encomendado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Já 12% declararam não ter a menor ideia de onde virá o sustento na aposentadoria.
Ainda de acordo com o levantamento, 28% das pessoas pretendem continuar no mercado de trabalho quando estiverem na idade de aposentadoria, enquanto 2% acreditam que terão apoio dos filhos ou da família.
Apenas dois em cada dez brasileiros (21%) dizem se planejar de uma ou mais formas para a velhice: 10% pretendem utilizar o dinheiro de aplicações financeiras, 6% vão contar com o retorno de um plano de previdência privada, 4% receberão aluguéis de imóveis que possuem e 1% diz ter economias guardadas.