Cineclube TAVA exibe documentário sobre cerimônia de iniciação espiritual do povo Xavante no MCI   

O ritual Wai´á, exclusivo para homens Xavantes, é tema da cinegrafia dirigida por Divino Tserewahú; a exibição é gratuita com retirada de ingresso no site

  • Data: 29/02/2024 11:02
  • Alterado: 29/02/2024 11:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: MCI
documentario

Exibição e bate-papo acontecem na sede do Museu das Culturas Indígenas

Crédito:Acervo MCI

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Na próxima quinta-feira (29/02), o CineClube TAVA, iniciativa do Museu das Culturas Indígenas (MCI) para a difusão da produção cinematográfica dos povos originários, exibirá o documentário “Daritizé: aprendiz de curador” (2003), às 18h. Após a projeção, Tserenhõ’õ Tseredzawê, mestre dos saberes, contará sobre a cerimônia Wai´á, iniciação de jovens Xavantes no mundo espiritual. O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

Dirigido por Divino Tserewahú, o documentário registra a cerimônia Wai´á em sua aldeia na Terra Indígena São Marcos (MT). O ritual inicia jovens da etnia Xavante ao mundo espiritual, por meio de uma série de provações, a fim de desenvolver seus poderes de cura. Após iniciados, os homens tornam-se curadores e/ou intérpretes de sonhos, conforme a determinação dos espíritos.

No bate-papo com Tserenhõ’õ Tseredzawê, mestre de saberes do programa educativo do MCI, os participantes vão aprender mais sobre a cerimônia milenar e a realização em aldeias Xavantes. Tserenhõ’õ também nasceu na Aldeia São Marcos e viveu na aldeia Nossa Senhora de Guadalupe, ambas em Barra do Garça (MT).

PRODUÇÃO AUDIOVISUAL INDÍGENA

O Museu das Culturas Indígenas preparou uma lista de produções de cineastas indígenas que mostram a diversidade e cultura de diferentes povos. Conheça algumas das obras:

Mokoi Tekoá Petei Jeguatá – Duas aldeias, uma caminhada (2008)
Dirigido por Germano Benites, Ariel Duarte Ortega e Jorge Ramos Morinico, o filme retrata a realidade de duas comunidades Guarani-Mbya no Rio Grande do Sul. O documentário acompanha o cotidiano e traz o contexto histórico da comunidade, desde o primeiro contato com os europeus na colonização até as dificuldades de convívio após os processos de urbanização na região.

“Yvy Reñoi, Semente da Terra” (2019)
Produzido pelo coletivo Ascuri, a filmagem conta a formação de uma milícia armada que ataca os territórios dos povos Kaiowá e Guarani, a 279 km de Campo Grande (MS).

“Curadores da Terra-Floresta” (2014)
O documentário mostra a reunião de xamãs Yanomami, que ajuda do alimento dos espíritos, o rapé yakoana, vão tratar os males provocados pelas cidades e doenças dos brancos. O filme é dirigido por Morzaniel Iramari.

“Pi õ nhitsi – Mulheres Xavante sem nome” (2009)
Essa produção de Divino Tserewahú e Tiago Campos Torres conta a reconstituição de memórias e identidades da etnia Xavante, em Mato Grosso.

“Tatakox Vila Nova” (2008)
Produzido pela Comunidade Maxakali Aldeia Vila Nova do Pradinho, em Bertópolis/MG, o documentário mostra o ritual de exumação de crianças-espírito para levá-las às mães e às meninas na aldeia. O ritual e a própria filmagem são conduzidos pelos pajés Manuel Damásio e Toninho Maxakali.

SERVIÇO

Cineclube TAVA: “Daritizé, Aprendiz de Curador”

Data e horário: 29/02, às 18h

Entrada gratuita com retirada de ingresso no site

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  • Data: 29/02/2024 11:02
  • Alterado: 29/02/2024 11:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: MCI









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