China expressa preocupação com a retirada dos EUA do Acordo de Paris
A decisão de Trump de sair do pacto climático gera reações globais, com líderes internacionais reforçando a importância de um esforço conjunto no combate às mudanças climáticas
- Data: 21/01/2025 10:01
- Alterado: 21/01/2025 10:01
- Autor: Redação
- Fonte: ABCdoABC
Crédito:RS/Fotos Públicas
Na última terça-feira (21), Guo Jiakun, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, manifestou preocupação sobre a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris, enfatizando que a mudança climática é um desafio comum que exige esforços conjuntos. A declaração foi dada após o presidente Donald Trump assinar a ordem de retirada, um movimento que se concretizou logo após sua posse, no dia anterior.
O Acordo de Paris, assinado em 2015, visa a redução das emissões de gases de efeito estufa e a luta contra o aquecimento global. Em resposta à decisão dos EUA, o Wopke Hoekstra, responsável pela política climática da União Europeia, expressou sua decepção, dizendo ser lamentável que a maior economia do mundo e um dos aliados mais próximos na luta contra as mudanças climáticas se afastasse do pacto.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reiterou que a Europa manterá seu compromisso com o acordo, buscando parcerias com nações que compartilham o mesmo objetivo de combater o aquecimento global. Durante sua fala no Fórum Econômico Mundial em Davos, ela enfatizou a importância do Acordo de Paris como um farol de esperança para a humanidade.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também comentou sobre a decisão dos EUA, demonstrando confiança de que cidades, estados e empresas americanas seguirão demonstrando liderança em crescimento sustentável e baixo carbono. Para Guterres, é essencial continuar os esforços do Acordo de Paris, embora o progresso precise ser mais rápido e coletivo.
No Brasil, Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, criticou as ações do governo Trump, expressando preocupação com o enfraquecimento de políticas ambientais, como o Green New Deal, e ressaltando a necessidade de fortalecer a governança climática para resistir aos retrocessos provocados por posturas negacionistas.
Com essa nova retirada, os Estados Unidos retornam à posição de único país fora do Acordo de Paris, uma decisão que já havia ocorrido anteriormente em 2017, durante o primeiro mandato de Trump. Além dos EUA, apenas Irã, Líbia e Iémen não ratificaram o pacto.