Centro Cultural Diadema recebe os espetáculos ‘Nas Águas do Imaginar’ e ‘Antropo100’ 

A Cia de Danças de Diadema apresenta neste final de semana, 30 e 31 de agosto

  • Data: 29/08/2024 15:08
  • Alterado: 29/08/2024 15:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Cia de Danças de Diadema
Centro Cultural Diadema recebe os espetáculos ‘Nas Águas do Imaginar’ e ‘Antropo100’ 

Cena do espetáculo Antropo100 - De Cascudo a Eros

Crédito:Paulo Cesar Lima

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O Centro Cultural Diadema recebe neste final de semana, dias 30 e 31 de agosto, dois espetáculos da Cia de Danças de Diadema: “Nas Águas do Imaginar”, sexta às 15h, voltado ao público infantil e “Antropo100 – De Cascudo a Eros”, no sábado às 20h. Todas as sessões têm entrada gratuita.

Espetáculo Nas Águas do Imaginar

A dança conta a história de uma criança que, ao dormir, é surpreendida por seres fantásticos que surgem em seu quarto instigando sua imaginação. O grupo convida todos a viajar por um universo repleto de surpresas e fantasia. A circulação do espetáculo é parte de projeto contemplado pelo ProAC 07/2023 – Público Infanto-Juvenil – Circulação de Espetáculo, e todas as ações são gratuitas.

Os bailarinos da Companhia de Danças de Diadema embarcaram numa pesquisa que envolve brincadeiras, gestos, histórias, jogos teatrais, música e dança. Com esses elementos voltaram à infância e viajaram num mundo de imaginação, trazendo à tona suas experiências mais lúdicas.

Antropo100 – De Cascudo a Eros

No sábado às 20h a Companhia de Danças de Diadema faz uma apresentação única no Centro Cultural Diadema. A apresentação tb faz parte da circulação do grupo apoiada pelo ProAC Editais – 04/2023 (Dança / Circulação de Espetáculo).

O espetáculo é uma obra coreográfica concebida por Ana Bottosso, com a colaboração fundamental dos artistas intérpretes criadores da Companhia de Danças de Diadema. “A ideia de Antropo100 – De Cascudo a Eros era resgatar a origem de cada um dos bailarinos da companhia, a história de onde veio, os bisavós, os avós, pai, mãe, um pouco daquele resgate antropofágico do começo do século passado. Então, cada um foi falando suas histórias, e estes textos, transformados em dramaturgia, roteiro, estão em cena”, explica Bottosso.

Antropo100 – De Cascudo a Eros busca trazer à cena uma reflexão artística a partir dos grandes acontecimentos históricos da década de 1920, como a Semana de Arte Moderna. O subtítulo da coreografia faz referência direta a Câmara Cascudo e Eros Volúsia. Na década de 1920, o folclorista Luís da Câmara Cascudo aprofundou suas pesquisas sobre a história dos gestos na cultura brasileira. Ele documentou as expressões corporais que refletiam a miscigenação de etnias e tradições no Brasil, destacando como gestos cotidianos, danças e rituais comunicavam identidades e emoções como uma linguagem não verbal significativa.

Cascudo observou a influência das danças africanas no samba e no maracatu, gestos indígenas em cerimônias e a incorporação de elementos europeus em danças folclóricas. Ele também ressaltou o papel de artistas como Eros Volúsia, que ressignificou gestos tradicionais em suas coreografias, integrando folclore e dança moderna. Assim, suas pesquisas ajudaram a valorizar e preservar as manifestações culturais brasileiras, contribuindo para a construção de uma identidade nacional baseada na diversidade e riqueza das tradições.

Eros Volúsia (Rio de Janeiro, 1914 – 2004), foi uma artista brasileira que se projetou nacional e internacionalmente através de coreografias próprias inspiradas na cultura brasileira, fez de seu corpo um instrumento catalisador das inovações tão necessárias à dança brasileira. Aos quatro anos, Eros iniciou sua formação clássica em balé na Escola de Bailados, com Maria Olenewa. No mesmo ano, deu seus primeiros passos de dança na macumba de João da Luz, em frente à sua casa, algo que a marcaria para a vida. Aos oito anos, estreou descalça no Teatro Municipal, recebendo elogios pela técnica clássica, mas sempre se interessou mais pelo ritmo étnico.

Buscou na raiz do intenso processo de miscigenação, fruto de fatores sócio-histórico-culturais, os elementos essenciais para a construção de uma dança, cuja singularidade de movimentos refletia não somente a diversidade de culturas, mas, sobretudo, a busca de uma identidade própria para a dança brasileira, influência do nacionalismo então em voga.

Sobre a montagem Antropo100 – De Cascudo a Eros

Com 10 bailarinos em cena e uma trilha original composta por LoopB – colaborador frequente da companhia – a ideia era trazer para o palco elementos que dialogassem com o momento efervescente da década de 1920. A trilha tem uma sonoridade que remete ao impulsionamento industrial da época, aos operários e um som percussivo, martelos e uma sonoridade metalizada, mescladas a outros ritmos brasileiros como o maracatu e o samba. Há referências, na trilha, que estão ligadas à obra de Tarsila do Amaral, e de Heitor Villa-Lobos, por exemplo.

Serviço

Nas Águas do Imaginar

INDICAÇÃO ETÁRIA: Livre

30/ago (sexta-feira), 15h

Centro Cultural Diadema (Rua Graciosa, 300 – Centro – Diadema/SP)

Entrada Franca

vivência com os alunos da educação e público após o espetáculo

Antropo100 – De Cascudo a Eros

INDICAÇÃO ETÁRIA: 12 anos

31/ago (sábado), às 20h

Centro Cultural Diadema (Rua Graciosa, 300 – Centro – Diadema/SP)

Entrada Franca

  • bate-papo após o espetáculo
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  • Data: 29/08/2024 03:08
  • Alterado:29/08/2024 15:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Cia de Danças de Diadema









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