Censo aponta 273 animais em Paranapiacaba

A partir da identificação da população canina e felina, em agosto, a Prefeitura de Santo André investirá em programa de castração

  • Data: 22/07/2013 16:07
  • Alterado: 22/07/2013 16:07
  • Autor: Elaine Granconato
  • Fonte: Secom PSA
Censo aponta 273 animais em Paranapiacaba

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Nem só de Festival de Inverno respira Paranapiacaba neste mês de julho. Conhecida como local estratégico de desumano abandono de animais, a histórica vila ferroviária inglesa foi alvo da Gerência de Controle de Zoonoses de Santo André para realização de um censo das populações canina e felina. Do levantamento, o resultado apontou 273 bichos, sendo 218 cachorros e 55 gatos, entre domesticados e comunitários espalhados. A partir de agosto, o governo municipal investirá em programa de castração para diminuir crias indesejáveis, além de apostar no trabalho de conscientização dos moradores e visitantes sobre posse responsável.

Encravada em 100% de área de manancial e último ponto antes da descida da serra, Paranapiacaba está localizada a cerca de 30 quilômetros de distância do Centro de Santo André. Pelo fato de ser um local distante torna-se muito comum o abandono dos animais, até porque fica mais difícil de identificar o infrator. Também não há patrulha constante. “O ideal seria que todos os municípios tivessem um sistema padronizado de microchipagem para a identificação desses proprietários ou pessoas que cometem tais atos”, apontou a médica veterinária Simone Ortiz Rizzotti, que integra a equipe de coordenação do censo.

Para chegar aos números da população de cães e gatos, técnicos da Zoonose visitaram os imóveis e os comércios da Vila em um dia inteiro de trabalho para verificar onde havia animais. Ao todo, 61 casas foram encontradas fechadas e cinco moradores se recusaram a participar da pesquisa. Além da identificação do proprietário, os animais comunitários – sem donos – também foram computados. Entre os cães, aproximadamente 60% de SRD (Sem Raça Definida), os populares vira-latas, e 40% com raças, entre eles, Rottweiller, Pit Bull, Fila, Poodle, Chow Chow, Husky Siberiano e Yorkshire.

Outro fato que chamou a atenção, segundo o levantamento, é que os locais compostos por imóveis residenciais ou comerciais, com áreas externas grandes, abrigam a maior parte da população canina. Já em pontos verticalizados, independentemente se ricas ou pobres, a concentração de felinos foi maior. O que explica ter mais cachorros do que gatos na região de Paranapiacaba.

 “O trabalho educacional sobre posse responsável é a alternativa mais prudente para evitar o abandono, as crias indesejáveis e as doenças”, afirmou a veterinária. Com posse dos dados, segundo Simone, será possível fazer o controle populacional e desenvolver as ações de prevenção e controle de zoonoses.

A campanha de castração, por exemplo, ainda sem data agendada, ocorrerá em um fim de semana, conforme adiantou a médica. A parceria se dará com as clínicas e veterinários cadastrados com a Administração municipal, além da UIPA (União Internacional Protetora dos Animais).

INVERNO – Durante o Festival de Inverno, que se encerra no próximo fim de semana (dias 27 e 28), a equipe de Zoonose se faz presente na vila ferroviária. Folhetos educativos sobre posse responsável estão sendo distribuídos não só aos moradores como aos turistas, além de muita conversa. Uma viatura de apreensão de animais está localizada na parte baixa, onde está centrado o QG (quartel general) do Departamento de Vigilância à Saúde, órgão da Secretaria de Saúde. “Além de divulgarmos as ações dos centros de controle de Zoonoses, a nossa presença durante o Festival é uma forma de minimizar os possíveis maus-tratos dos animais”, disse Simone.

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  • Data: 22/07/2013 04:07
  • Alterado:22/07/2013 16:07
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