Celulares e redes sociais contribuem para a insônia
62% dos brasileiros dormem mal, um índice muito acima da média mundial apurada pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
- Data: 09/06/2023 13:06
- Alterado: 09/06/2023 13:06
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Divulgação
A insônia é um dos problemas de saúde que afeta a maior parte da população global, incluindo aproximadamente 72% dos brasileiros, segundo um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Essa condição de sono irregular pode ser desencadeada por diversos elementos, que vão desde desequilíbrios hormonais até a utilização excessiva de aparelhos eletrônicos, como smartphones, internet e mídias sociais. A própria pesquisa Acorda Brasil mostra que 78% dos brasileiros têm o costume de levar o celular para a cama, o que é seguido principalmente pelos mais jovens e entre as mulheres.
‘A insônia pode se manifestar de diferentes maneiras, como insônia inicial, em que a pessoa demora a pegar no sono ao se deitar, e insônia intermediária, em que a pessoa acorda várias vezes durante a noite. Também existe a insônia transitória, que é de curta duração e está geralmente relacionada a eventos pontuais de estresse, ansiedade ou preocupação’, explica a psicóloga do Núcleo de Apoio Pedagógico e Psicossocial (Napps) da Universidade Tiradentes (Unit Sergipe), Tatiana Carvalho Socorro.
As causas da insônia podem variar, incluindo fatores ambientais, como mudanças no ambiente de sono, temperatura, ruídos e iluminação inadequada. Problemas emocionais, como estresse, ansiedade, depressão e transtornos mentais, também podem desencadear a insônia. Além disso, doenças físicas, uso de medicamentos, consumo de álcool, cafeína e hábitos inadequados de sono a longo prazo podem contribuir para o desenvolvimento da insônia.
O diagnóstico da insônia é geralmente feito com base na história clínica do paciente, considerando seus hábitos de sono, fatores emocionais e outros sintomas relatados. O tratamento da insônia pode envolver abordagens não farmacológicas, como a terapia cognitivo-comportamental, que inclui técnicas de higiene do sono, relaxamento e controle dos estímulos que interferem no sono. Em casos mais graves, quando a insônia está relacionada a distúrbios como ansiedade e depressão, pode ser indicado o uso de medicamentos específicos.
‘Adotar bons hábitos de sono é fundamental para combater a insônia. Algumas dicas incluem estabelecer uma rotina de sono regular, evitar o consumo de estimulantes antes de dormir, criar um ambiente propício para o sono, evitar sonecas durante o dia e praticar exercícios físicos regularmente’, explica a psicóloga.
Se os sintomas persistirem e afetarem significativamente a qualidade de vida, é importante buscar ajuda médica. Um clínico geral ou um especialista em medicina do sono podem fornecer o diagnóstico adequado e orientar o tratamento mais adequado para cada caso.
Em suma, a insônia é um problema de saúde comum que afeta muitas pessoas. No entanto, com o tratamento adequado, mudanças nos hábitos de sono e adoção de medidas saudáveis, é possível controlar e melhorar a qualidade do sono, proporcionando um impacto positivo na vida das pessoas afetadas pelo distúrbio.