Casos de dengue, coqueluche e infecções crescem no Rio de Janeiro
Os mosquitos foram um dos principais vilões da saúde do carioca em 2024
- Data: 27/12/2024 07:12
- Alterado: 27/12/2024 07:12
- Autor: Redação
- Fonte: G1
Crédito:Divulgação/Fiocruz
De acordo com o portal G1, o ano de 2024 trouxe à tona um aumento alarmante de doenças e infecções na cidade do Rio de Janeiro. Entre as preocupações mais significativas estão os casos de dengue, coqueluche, doenças respiratórias e infecções sexualmente transmissíveis.
A dengue, em particular, apresentou um crescimento explosivo, com mais de 110 mil registros (totalizando 110.940) e 21 óbitos, refletindo um aumento impressionante de 383% em comparação ao ano anterior. Esse cenário se agrava com o aumento dos casos de chikungunya, que subiu 40%, conforme dados do Observatório Epidemiológico da Cidade do Rio de Janeiro.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, atribui essa elevação ao aumento das temperaturas e às chuvas intermitentes, que favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti. “Para evitar que essa epidemia se repita, é fundamental vacinar a população entre 10 e 14 anos, especialmente na região de Guaratiba, onde a incidência de dengue é maior. Além disso, é essencial eliminar os focos do mosquito”, destacou Soranz.
Além da dengue, o levantamento revelou um crescimento preocupante nos casos de coqueluche, uma infecção respiratória bacteriana que registrou 232 casos, o maior número desde o início da série histórica. Também houve um aumento nas hepatites virais (21,96%) e em casos de meningite (3,49%).
“A coqueluche é uma doença que pode ser prevenida por vacinas; portanto, não faz sentido termos esse aumento no Brasil. As cidades com menor cobertura vacinal já estão registrando óbitos pela doença”, alertou Soranz, ressaltando a importância da vacinação adequada.
As infecções sexualmente transmissíveis também merecem atenção. Este ano foram contabilizados mais de 14 mil casos de sífilis, representando um incremento próximo a 10% em relação ao ano passado. Além disso, a incidência de novos casos de AIDS continua alta no município, com 2.646 registros e um aumento similar de 9,61%.
“Sífilis, AIDS e hepatite B são doenças que têm aumentado significativamente na cidade ao longo dos anos. Essa elevação é motivo de grande preocupação. É crucial que as pessoas se testem regularmente e adotem práticas seguras durante as relações sexuais”, enfatizou o secretário.
Por outro lado, há uma boa notícia: pelo segundo ano consecutivo, não foram registrados casos de sarampo no município. Além disso, os números relacionados à catapora e tuberculose apresentaram queda.
“É vital que todos fiquem atentos às suas carteiras de vacinação. A proteção individual contribui para a saúde coletiva. Também devemos estar alertas à proliferação do Aedes aegypti durante os verões tropicais para evitar novas epidemias de dengue”, concluiu Soranz.