Carrefour renuncia à carne do Mercosul

Tensão esquenta acordo UE-Mercosul em meio a protestos rurais na França.

  • Data: 20/11/2024 19:11
  • Alterado: 20/11/2024 19:11
  • Autor: redação
  • Fonte: Assessoria
Carrefour renuncia à carne do Mercosul

Crédito:Divulgação

Você está em:

A recente declaração de Alexandre Bompard, presidente mundial do Carrefour, sobre a decisão da rede francesa de não comercializar carne produzida nos países do Mercosul, reflete as tensões em torno do acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o bloco sul-americano. Este posicionamento ocorre em meio a protestos de agricultores franceses, que veem o tratado como uma ameaça ao setor agrícola local. A França, liderada pelo presidente Emmanuel Macron, mantém uma postura resistente à assinatura do pacto, citando a desatualização das condições iniciais de negociação.

Apesar do anúncio, o Carrefour Brasil afirmou que suas operações locais permanecem inalteradas, continuando a adquirir carne de produtores brasileiros. O Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil criticou a decisão do Carrefour, manifestando descrença em um movimento coordenado por empresas francesas para obstruir o acordo.

O tratado UE-Mercosul visa criar a maior zona de livre-comércio global, abrangendo 780 milhões de pessoas e fomentando um comércio significativo de produtos manufaturados e agrícolas. Entretanto, preocupações sobre normas sanitárias e ambientais na América do Sul são levantadas por fazendeiros europeus, que temem competição desleal devido a regulamentos menos rígidos no continente sul-americano.

Governos como os da Espanha e Alemanha apoiam o acordo, destacando oportunidades para exportações europeias. Olaf Scholz, primeiro-ministro alemão, enfatizou a urgência de concluir as negociações. Enquanto isso, os desafios ambientais e normativos continuam no centro das discussões.

O impasse revela não apenas questões comerciais, mas também políticas e sociais, exigindo diálogo contínuo para harmonizar interesses e garantir práticas sustentáveis no comércio global. A resolução desse conflito pode estabelecer precedentes importantes para futuras negociações internacionais.

Compartilhar:

  • Data: 20/11/2024 07:11
  • Alterado:20/11/2024 19:11
  • Autor: redação
  • Fonte: Assessoria









Copyright © 2024 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados