Brasileiros enfrentam frio extremo no Ártico; especialista explica como manter a segurança
Temperatura de -41°C não inviabilizou a experiência de ver as auroras boreais, mas exige cuidados
- Data: 13/01/2024 11:01
- Alterado: 13/01/2024 11:01
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
Na primeira semana de 2024, um grupo de brasileiros liderados por Marco Brotto, curitibano caçador de aurora boreal, enfrentou o desafio ao se deparar com suas temperaturas extremas
Crédito:Marco Brotto
O Ártico, conhecido por suas temperaturas extremamente baixas, pode atingir inacreditáveis -60°C. Na primeira semana de 2024, um grupo de brasileiros liderados por Marco Brotto, curitibano caçador de aurora boreal, enfrentou o desafio ao se deparar com suas temperaturas extremas. Embora as previsões indicassem -12 a -18 graus, o grupo foi surpreendido por incríveis -41 graus.
“Ainda que saibamos que o frio é intenso, ninguém esperava tanto. Esses -41 foram um desafio extra. O bom é que fomos nos aclimatando e testando as roupas a cada caçada, até chegar no pico do frio, por orientação da equipe”, explica Waleska do Vale, participante da expedição.
Ela explica que recebeu orientação para que pés e mãos tivessem cuidados especiais. “Os “warm hands” e “feets” foram dicas que fizeram a diferença e o bom senso de adaptar os passeios para nossa segurança, idem”, relata ela.
“Em situações de frio extremo como essas, a preparação e a manutenção da segurança são fundamentais para garantir uma experiência positiva”, explica Brotto, que promove excursões em busca das Luzes do Norte, com mais de 130 expedições com 100% de visibilidade de auroras.
Simone Deeke Grutzmacher relata que os dias mais desafiadores foram os que dos passeios de trenó puxados por huskies siberianos. “A velocidade aumentava o impacto do vento gelado contra nossos rostos, mesmo com roupas adequadas. Nossos cílios congelavam, a água nas jarras solidificava. As extremidades do corpo, especialmente mãos e pés, eram as mais difíceis de aquecer”, conta.
Brotto ressalta a importância da preparação e do acompanhamento especializado em viagens para regiões de condições climáticas extremas. O especialista destaca diretrizes básicas e essenciais para lidar com temperaturas tão baixas.
Vestimenta adequada: Utilizar roupas apropriadas pode parecer algo óbvio, mas não é. A escolha de roupas e acessórios adequados é crucial para vivenciar experiências como segurança. Camadas isolantes, roupas térmicas e acessórios como luvas e gorros, são essenciais para manter o corpo aquecido e protegido.
Proteção das extremidades: Mãos, pés e rosto são as áreas mais suscetíveis ao frio extremo. Utilizar aquecedores portáteis, luvas e meias térmicas é imprescindível para evitar congelamento e lesões.
Atenção à exposição: Limitar o tempo de exposição ao frio é crucial. Se possível, procurar abrigos aquecidos periodicamente e respeitar os limites do corpo é essencial para evitar danos à saúde.
Acompanhamento profissional: Em viagens a locais de temperaturas extremas, contar com uma equipe especializada é fundamental. Profissionais experientes possuem um entendimento profundo das condições climáticas, dos perigos potenciais e das melhores práticas de segurança na região. Sua experiência ajuda a evitar situações arriscadas.
“Nossa equipe é treinada para identificar e lidar com possíveis riscos, minimizando a probabilidade de incidentes durante a viagem. Apesar do desafio das baixas temperaturas, é possível desfrutar e apreciar as maravilhas desses ambientes, desde que os cuidados adequados sejam tomados”, frisa Brotto.
“Esta jornada no Ártico tornou-se uma experiência única em nossas vidas. Tivemos a oportunidade de vivenciar um ambiente quase inóspito, cuja beleza era esplêndida, formada pelo branco da neve cobrindo toda a paisagem, realçada por um céu que parecia algodão-doce, em um degradê do rosa claro para o azul bebê. Esta viagem deixou uma marca profunda em nossos corações e memórias, sendo uma experiência verdadeiramente inesquecível”, conta Simone Deeke Grutzmacher.