Brasileiro está por trás da remissão total de um câncer terminal
Médico brasileiro é o responsável por desenvolver a tecnologia que tratou o câncer de próstata de um paciente de 66 anos, em estágio terminal
- Data: 29/04/2023 13:04
- Alterado: 29/04/2023 13:04
- Autor: Be Nogueira
- Fonte: ABCdoABC
Crédito:Reprodução
Em julho de 2021, Scott Miller, foi diagnosticado com câncer de próstata metastático, aos 66 anos de idade. O tumor tinha quase 12 centímetros de diâmetro e havia se espalhado para ossos, vesícula, bexiga, reto e outros órgãos. Em estágio terminal a expectativa de Scott era de 4 meses, mas com seis meses de tratamento ele se recuperou completamente.
Foram seis meses de tratamento com a tecnologia túnel térmico cerebral, também conhecida como BTT (sigla em inglês). E o responsavél pelo feito, foi o médico brasileiro Marc Abreu, ex-professor de universidades prestigiadas como Yale e Harvard, nos Estados Unidos.
A técnica criada oir Marc consiste na indução cerebral de proteínas de choque térmico por meio de aumento da temperatura, de maneira controlada. As proteínas de choque térmico são encontradas em praticamente todos os organismos vivos com funções diversas. E, de acordo com o relato clínico, não foi necessário realizar tratamentos adicionais, como radioterapia ou quimioterapia, e não foi registrado efeitos colaterais.
“A redução de expressão da proteína de choque térmico está associada com câncer, doenças neurológicas e o envelhecimento. Para o tratamento de câncer, além da mudança da carga termodinâmica, utilizamos frequências diferentes durante a indução com o objetivo de atuar em áreas distintas. A modalidade é a mesma que usamos no tratamento de doenças neurológicas, mas a receita é diferente”, explica Abreu.
O caso foi apresentado na quarta-feira (26), na 38ª edição do Congresso Anual da Society for Thermal Medicine, em San Diego, nos EUA.
Remissão não é cura
Segundo o site OncoGuia, a remissão completa não é o mesmo que cura. A remissão indica que não há evidência de doença detectável em um determinado momento. Isso implica que ainda existe um risco de recorrência. A cura, por outro lado, mostra que o tumor foi erradicado e que, essencialmente, não há chance de retornar no paciente.
Como toda doença, alguns tipos de câncer têm cura e outros não. Tudo depende essencialmente do tipo de tumor e seu estágio no momento do diagnóstico. As possibilidades de cura estão diretamente relacionadas com tempo em que o tumor é detectado no paciente.
Por isso, o caso do Scott representa um importante avanço, já que seu diagnostico aconteceu em estágio terminal e foi possível remissão total da doença.