Brasil Registra Queda Histórica em Partos de Adolescentes
Brasil reduz partos adolescentes em 50% desde 2014!
- Data: 25/12/2024 13:12
- Alterado: 25/12/2024 13:12
- Autor: redação
- Fonte: Folhapress
Crédito:Pixabay
Nos últimos anos, o Brasil apresentou uma redução significativa na taxa de parto entre adolescentes, especialmente na faixa etária de 10 a 19 anos. Dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinac) mostram que, no primeiro semestre de 2023, ocorreram 141 mil partos nessa faixa etária, uma queda expressiva em relação aos 286 mil registrados em 2014. Essa tendência, iniciada em 2015, marca um desvio notável da estagnação observada anteriormente.
A ginecologista Denise Leite Maia Monteiro destaca que essa mudança é resultado de diversos fatores, incluindo o aumento do acesso a serviços de saúde e educação. Os adolescentes de hoje possuem maior escolaridade e estão mais conscientes sobre seus direitos e opções de vida, optando por adiar a maternidade. A conscientização familiar também desempenha um papel crucial, com mães incentivando suas filhas a realizarem consultas médicas desde cedo para orientações sobre sexualidade e contracepção.
Além disso, a ampliação do acesso a métodos anticoncepcionais gratuitos e mudanças na abordagem dos profissionais de saúde são contribuídas para essa redução. Albertina Duarte, coordenadora do programa do Adolescente da Secretaria de Saúde de São Paulo, aponta que o diálogo sobre autoestima e equidade de gênero é essencial para transformar a percepção dos jovens sobre sexualidade.
Entretanto, desafios ainda persistem. Em 2023, 13.934 meninas entre 10 e 14 anos passaram-se mães, embora esse número tenha diminuído pela metade em comparação com 2014. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a gravidez na adolescência é muitas vezes consequência de violência, ressaltando a necessidade urgente de políticas públicas eficazes.
Em conclusão, o Brasil caminha para uma futura promessa na redução das taxas de fecundidade adolescente, mas deve continuar investindo em educação e saúde. Garantir que todos os adolescentes tenham acesso às informações e recursos necessários é fundamental para que possam tomar decisões informadas sobre suas vidas reprodutivas.