Projeto de prevenção à violência nas escolas lança campanha de financiamento coletivo

"(Re)conectar: aproximando pessoas para superar a violência às escolas", projeto do Instituto Aurora, busca superar a violência por meio da educação em direitos humanos e sem armas

  • Data: 08/06/2023 16:06
  • Alterado: 08/06/2023 16:06
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Projeto de prevenção à violência nas escolas lança campanha de financiamento coletivo

O Projeto (Re)conectar tem objetivo de aproximar pessoas para superar a violência às escolas

Crédito:Barbara Vanzo

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O Instituto Aurora para Educação em Direitos Humanos, organização da sociedade civil (OSC) de Curitiba (PR), lança campanha de financiamento coletivo para arrecadar recursos para o projeto “(Re)conectar: aproximando pessoas para superar a violência às escolas”, uma nova proposta da instituição que pretende reunir comunidade escolar e poder público para o enfrentamento a esse tipo de ameaça. Com a arrecadação online, o Instituto Aurora pretende arrecadar até R$ 60 mil e ampliar a atuação para diversas regiões do país.

Os recentes ataques a escolas e creches demonstram que esses casos estão ficando cada vez mais frequentes no Brasil. Entre 2002 e 2023, foram registrados 24 ataques às escolas. Desses, 10 ocorreram desde setembro do ano passado, o que corresponde a mais de um terço do total. As informações são do relatório “Raio-x de 20 anos de ataques a escolas no Brasil (2002 – 2023)”, do Instituto Sou da Paz.

A pesquisa “Ataques de violência extrema em escolas no Brasil”, realizada pela professora Telma Vinha e pela mestranda Cleo Garcia, da Unicamp, também tem analisado esses casos e constatou que a imersão em cultura extremista foi a motivação que causou o maior número de mortes em ataques premeditados.

Em resposta a esse problema, que não tem solução simples nem rápida, o projeto “(Re)conectar” propõe atuar em diversas frentes:

Produzir materiais didáticos e informativos para a comunidade escolar;

Distribuir esses materiais para escolas;

Realizar formações de educadores/as e da comunidade escolar;

Organizar momentos de escuta da comunidade escolar sobre experiências relacionadas ao tema;

Articular diálogos com o poder público, especialmente Sistema de Justiça e órgãos da Educação, para estimular a criação de um protocolo de prevenção/encaminhamento que seja fundamentado nos direitos humanos e não na militarização.

Com o lançamento da campanha de financiamento coletivo, o Instituto Aurora pretende viabilizar todas essas ações, e garantir a continuidade do projeto em 2024. Para isso, foram estipuladas quatro metas de arrecadação, assim, a cada meta atingida, novas ações poderão ser executadas.

O projeto “(Re)conectar” conta, atualmente, com duas parcerias. Um material didático já está sendo produzido em conjunto com o grupo de pesquisa e extensão “De mãos dadas por amplos caminhos”, da Unila, voltado para a comunidade escolar, especialmente educadoras/es, com distribuição gratuita.

Em parceria com o Latinoamérica21, será publicado um artigo por mês, escrito ao lado de pesquisadores/as convidados/as ou com relatos de experiências das ações em escolas. Ao final do ano, estes artigos serão compilados em um e-book, também de distribuição gratuita.

A campanha de financiamento coletivo está disponível na plataforma Apoia.se, no link: https://apoia.se/reconectar_escolas

Sobre o Instituto Aurora

O Instituto Aurora tem como missão defender e promover a educação em direitos humanos, contribuindo para a construção de uma sociedade justa socialmente e livre de discriminação e preconceitos. Faz isso por meio de projetos que envolvem pesquisa e relacionamento com o setor público, assim como ações educativas (palestras, oficinas, rodas de conversa) – tendo como principais públicos-alvo: juventudes, meninas e mulheres, e servidores públicos –, pautadas no diálogo, na pluralidade e na democracia e alinhadas com a Agenda 2030 da ONU.

Com essa perspectiva como guia, desde 2018, o Instituto Aurora atua na defesa e promoção de uma educação em direitos humanos (EDH) que fortaleça os processos de empoderamento individual e de grupos e que estimule o desenvolvimento da empatia e do senso de cooperação.

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