Garimpeiros ilegais se mobilizam em grupos de WhatsApp para avisar sobre operação

Alvos de uma operação da Força Nacional e Ibama, hoje, 25, garimpeiros que atuam ilegalmente no Pará, disseminam informações entre si, para alertar sobre a chegada dos agentes

  • Data: 25/05/2021 18:05
  • Alterado: 14/08/2023 09:08
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Garimpeiros ilegais se mobilizam em grupos de WhatsApp para avisar sobre operação

Só em 2020

Crédito:Ibama

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A reportagem teve acesso a uma série de troca de mensagens enviadas por meio de grupos de Whatsapp, que reúnem garimpeiros na região de Jacareacanga e Itaituba. Nos áudios, eles alertam sobre o deslocamento das equipes, números de carros e helicópteros mobilizados para apoiar o trabalho da Polícia.

A maior preocupação é esconder equipamentos ou retirá-los a tempo, antes que os agentes cheguem e destruam o material. A destruição de máquinas usadas pelos criminosos é uma ação prevista em lei e, inclusive, recomendável em uma série de situações. Muitas vezes, o descolamento dos equipamentos oferece risco aos agentes, que podem ser alvos de emboscada durante a mobilização. Paralelamente, a queima dos bens impossibilita a sua retomada e reutilização pelos criminosos.  Bolsonaro já se posicionou, em diversas ocasiões, contra a queima dos equipamentos.

Os relatos compartilhados nesta terça-feira, 25, dão conta de que há equipamentos já em destruição. Nas ações criminosas, os garimpeiros costumam levar, para dentro da floresta, retroescavadeiras de grande porte, conhecidas como “PCs”. Trata-se de máquinas caras, que custam, facilmente, cerca de R$ 500 mil.

Itaituba e Jacareacanga são municípios que estão às margens do Rio Tapajós, em uma das áreas mais cobiçadas do País pela extração ilegal de ouro. Na região, vivem mais de 14 mil indígenas das etnias munduruku e apiaká, em 145 aldeias.

Só em 2020, uma área equivalente a mais de 2 mil campos de futebol foram desmatadas dentro das terras indígenas Munduruku e Sai Cinza, no alto Tapajós. Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) – órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, responsável pelos dados oficiais de desmate – confirmam a derrubada de 2.052 hectares da floresta.

O desmatamento na região em 2020 supera o volume já alarmante de 2019, quando 1.835 hectares de floresta foram perdidos na terra indígena Munduruku. Já na terra Sai Cinza, que é vizinha da primeira, houve explosão de desmatamento, saindo de 16 hectares em 2019 para 304 hectares no ano passado.

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Crédito:Reprodução Garimpeiros usam whatapp para trocar mensagens sobre operação contra garimpo ilegal para poder esconder equioamentos
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Crédito:Ibama Só em 2020










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