Bolsonaro domina votação em 77 dos 100 municípios mais ricos do agronegócio
Juntos, os municípios somaram 5,3 milhões de votos, equivalente a 4,3% do total do País
- Data: 12/10/2022 10:10
- Alterado: 12/10/2022 10:10
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Presidente Jair Bolsonaro participa de Cerimônia alusiva aos 160 anos da CAIXA
Crédito:Reprodução
Candidato à reeleição pelo PL, o presidente Jair Bolsonaro superou, no primeiro turno, o petista Luiz Inácio Lula da Silva em 77 dos 100 municípios mais ricos do agronegócio. Em 23 deles, o ex-presidente recebeu a maioria dos votos. Analistas avaliam que o êxito do atual chefe do Executivo se repetirá no segundo turno.
Os números reiteram o apoio dado por líderes e entidades do setor ao presidente. Juntos, os municípios somaram 5,3 milhões de votos, equivalente a 4,3% do total do País, e concentram 34 3% do Valor Bruto da Produção Agrícola (VBP) nacional, de R$ 254 866 bilhões. O índice é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento feito cruzou dados dos municípios com maior VBP, referentes a 2021, com a votação dos presidenciáveis disponível no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No topo da lista está Sorriso (MT), polo produtor de grãos, onde Bolsonaro obteve 70,16% dos votos válidos ante 26,30% de Lula.
Em 22 municípios, Bolsonaro recebeu mais de dois terços dos votos. A maior porcentagem de votos válidos obtida foi em Canarana (MT), com 74,84%, ante 21,80% de Lula, enquanto a do petista foi em Riachão das Neves (BA), com 77,14% ante 20,23% do presidente. “Não havia dúvida do grande apoio do setor ao atual presidente, principalmente dos produtores, o que envolve as famílias e influencia nas cidades também”, disse José Carlos Hausknecht, sócio-diretor da consultoria MB Agro.
“De um lado, eles (produtores) se sentem perseguidos, ameaçados com invasões do MST e atacados como responsáveis pelo desmatamento, pelo latifúndio improdutivo e pelo uso de defensivos. De outro, eles se sentem reconhecidos como o setor que dá sustentação à economia e contribui para a balança comercial”, disse Hausknecht.