Brasil apoia cessar-fogo entre Israel e Hamas
Lula celebra acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, trazendo esperança de paz após meses de conflito devastador na Faixa de Gaza.
- Data: 16/01/2025 08:01
- Alterado: 16/01/2025 08:01
- Autor: Redação
- Fonte: Agência Brasil
Presidente Lula (PT)
Crédito:Ricardo Stuckert / PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, junto ao governo brasileiro, expressou satisfação com a recente declaração de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que visa pôr fim a um conflito devastador na Faixa de Gaza. Desde o início das hostilidades em outubro de 2023, mais de 46 mil palestinos, predominantemente mulheres e crianças, e cerca de 1.200 soldados israelenses perderam suas vidas.
A informação sobre o acordo foi divulgada na quarta-feira (15) pelo primeiro-ministro do Catar, xeique Tamim bin Hamad Al-Thani, e está programada para entrar em vigor no dia 19 de janeiro.
O presidente Lula comentou sobre a importância da iniciativa através de uma publicação em suas redes sociais: “Após tanto tempo de sofrimento e destruição, a notícia de que um cessar-fogo em Gaza foi finalmente negociado traz esperança. Que a interrupção dos conflitos e a libertação dos reféns ajudem a construir uma solução duradoura que traga paz e estabilidade a todo Oriente Médio”.
O Palácio do Itamaraty também se pronunciou oficialmente sobre o tema, elogiando os esforços diplomáticos realizados pelos governos do Catar, Egito e Estados Unidos para alcançar essa trégua.
No comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, destaca-se que o acordo, se validado pelas partes envolvidas, porá fim a um conflito que resultou na morte de mais de 46 mil palestinos em um período de 15 meses, além das baixas israelenses e dos impactos devastadores na infraestrutura da região. O documento enfatiza que o conflito causou deslocamento forçado de centenas de milhares de pessoas e destruição significativa em hospitais e escolas. O Brasil pede que todas as partes respeitem os termos acordados, assegurando não apenas a cessação permanente das hostilidades, mas também a libertação dos reféns e a facilitação do acesso humanitário à Gaza. Além disso, há um apelo para criar as condições necessárias para iniciar a urgente reconstrução da infraestrutura civil afetada.
O pacto complexo, resultado de meses de negociação, estabelece um cessar-fogo inicial por seis semanas, seguido pela retirada gradual das forças israelenses do território palestino e pela troca de prisioneiros: reféns mantidos pelo Hamas serão liberados em contrapartida aos prisioneiros detidos por Israel.
Por fim, o governo brasileiro reiterou sua convocação para a retomada imediata do processo de paz entre israelenses e palestinos, defendendo uma solução baseada na criação de dois Estados soberanos dentro das fronteiras estabelecidas em 1967. Essa proposta inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia como parte da Palestina e Jerusalém Oriental como sua capital.