Bolsonaro, Cid e deputado são indiciados pela PF sob suspeita de fraude em cartão de vacinação
Ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal pela suspeita de inserção de dados falsos em sistema público referentes a sua vacinação contra Covid-19
- Data: 19/03/2024 08:03
- Alterado: 19/03/2024 08:03
- Autor: Redação
- Fonte: FOLHAPRESS/JULIA CHAIB
Crédito:Reprodução/X-Twitter
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas de Covid-19.
Eles foram indiciados sob suspeita pelos crimes de inserção de dados falsos em sistema público e associação criminosa. A informação foi revelada pelo portal G1 e confirmada pela Folha de S. Paulo.
Segundo suspeita da Polícia Federal, dados falsos de vacinação foram inseridos em registros do SUS do ex-presidente para emitir um certificado. No início de maio, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão no endereço de Bolsonaro e de prisão contra Mauro Cid e Max Guilherme, outro ex-assessor de Bolsonaro.
Em maio de 2023, Bolsonaro prestou depoimento à PF sobre a investigação do caso. Ele disse que não determinou a inserção de dados falsos em sua carteira de vacinação, nem na de sua filha. Também afirmou que só teve conhecimento da adulteração quando esse tema começou a ser divulgado pela imprensa, em fevereiro deste ano.
Em depoimento anterior, também em maio, Mauro Cid também reivindicou o direito ao silêncio e não respondeu às perguntas da PF. Sua defesa alegou não ter tido acesso a todo o conteúdo da investigação.
Em depoimento à PF, Gabriela Santiago Cid, mulher do tenente-coronel, admitiu ter usado certificado falso de vacinação contra a Covid-19. Segundo a Folha de S. Paulo apurou, Gabriela culpou o marido pela inclusão de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde.