Bolsonaro ataca ‘lockdown’, mas diz estar pronto para conversar com governadores
Bolsonaro fez um novo e forte apelo a governadores e prefeitos hoje (14) para que reavaliem as medidas de restrição adotadas nos Estados por causa da pandemia do novo coronavírus
- Data: 14/05/2020 14:05
- Alterado: 22/08/2023 21:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Bolsonaro condena lockdown e diz que Brasil vai se torar um País de pobres
Crédito:Reprodução
Bolsonaro criticou os governos locais, mas também disse estar pronto para conversar. O presidente condenou o “lockdown” e disse que “o Brasil está se tornando um País de pobres”; falou, ainda, que, com as medidas de isolamento social, o País vai chegar ao caos.
“Vai chegar um ponto que o caos vai se fazer presente aqui. Essa história de lockdown, vão fechar tudo, não é esse o caminho. Esse é o caminho do fracasso, quebrar o Brasil”, declarou. O presidente sugeriu aos governadores e prefeitos que adotaram a “onda” de fechamento que “se desculpem e façam a coisa certa”.
Desde o início da pandemia, Bolsonaro se posicionou contra medidas de restrição total e tem defendido um isolamento restrito apenas a grupos de risco da doença. Nos últimos dias, o mandatário assinou decretos para ampliar as atividades essenciais que podem funcionar durante a quarentena, entre elas a reabertura de salões de beleza, barbearias e academias de ginástica.
“Os informais são 38 milhões, já perderam quase tudo. Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), os informais da América Latina já perderam 80% do poder aquisitivo”, argumentou. “Vai faltar dinheiro para pagar servidor público. E ainda tem servidor, alguns, achando que há possibilidade de ter aumento esse ano ou ano que vem. Não tem cabimento, não tem dinheiro”, disse.
O presidente afirmou ainda que o País está “quebrando” e que a economia “não (se) recupera”. Bolsonaro também cobrou “coragem” para enfrentar o vírus. “Está morrendo? Tá. Lamento, lamento, lamento, mas vai morrer muito, mas muito mais, se a economia continuar sendo destroçada por essas medidas”.
“Tem que reabrir. Nós vamos morrer de fome. A fome mata”. O presidente se disse ainda disposto a conversar com os governadores. “Então, pessoal, é um apelo que eu faço aos governadores, revejam essa política. Eu estou pronto para conversar”.
O chefe do Executivo pontuou que buscará preservar vidas, mas que as “medidas absurdas de fechar tudo” vão provocar a perda de mais de “centenas” de outras vidas.