Bolsonaro acusa Lula de descumprir proibição de propaganda sobre canibalismo
Ministro Paulo de Tarso Sanseverino disse que a campanha petista usou informações descontextualizadas para prejudicar a imagem de Bolsonaro
- Data: 10/10/2022 17:10
- Alterado: 10/10/2022 17:10
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda-feira, 10, contra a propaganda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que o associou ao canibalismo.
O presidente acusa Lula de descumprir a decisão provisória que proibiu a propaganda. O ministro Paulo de Tarso Sanseverino disse que a campanha petista usou informações descontextualizadas para prejudicar a imagem de Bolsonaro.
Apesar da proibição, o vídeo voltou a ser exibido nas inserções do ex-presidente. Os advogados de Bolsonaro pedem “medidas excepcionais” para garantir que a decisão seja cumprida. Eles sugerem a suspensão de todas as propagandas de Lula na televisão até que o petista comprove o cumprimento da ordem do TSE.
“Os representados não só veicularam a inserção vedada, como intensificaram a exibição nos blocos de maior audiência no domingo, obtendo a melhor audiência para públicos de menor renda e menos escolarizados, de modo a potencializar os efeitos da inverdade e da ofensa”, escrevem os advogados Tarcísio Vieira, Ademar Aparecido da Costa Filho, Eduardo Augusto Vieira de Carvalho e Marina Morais.
A equipe jurídica de Bolsonaro também pede ao TSE que notifique o Ministério Público Eleitoral (MPE) para a abertura de uma investigação sobre possível crime de desobediência, inclusive com a apreensão do celular que recebeu a ordem de suspensão imediata da peça publicitária.
A propaganda questionada mostra uma entrevista concedida por Bolsonaro ao jornal americano New York Times, em 2016, em que o presidente afirma que comeria “índio sem problema nenhum”.