Bertolucci: O último imperador do cinema italiano

O diretor, que morreu de câncer aos 77 anos, é um dos maiores diretores do cinema italiano de todos os tempos.

  • Data: 26/11/2018 15:11
  • Alterado: 26/11/2018 15:11
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Lilian Trigo
Bertolucci: O último imperador do cinema italiano

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“Os filmes de Kurosawa e “A Doce Vida” de Fellini me impulsionaram a virar diretor de cinema”

Bernardo Bertolucci nasceu em Parma, em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial. Filho do poeta Attilio Bertolucci, aos 20 anos já trabalhava como assistente de Pier Paolo Pasolini no filme “Accattone – Desajuste Social”. Foi dirigindo um roteiro de Pasolini que fez seu debut, em 1962, com “A Morte”.

Ao todo foram 25 filmes, sendo 16 longa-metragens. O número parece pequeno, se comparado ao dos realizadores atuais, que com menos de 50 anos tem quase uma centena de filmes produzidos, mas cada filme de Bertolucci é uma pequena obra de arte de rara beleza. 

Se “O Último Imperador” alcançou sucesso de crítica e público, conquistando 9 prêmios Oscar, “Último Tango em Paris” é considerado seu filme mais importante. Na época da estréia, o filme causou escândalo e polêmica em todo o mundo – no Brasil, um juíz proibiu a exibição na TV, momentos antes de começar – e voltou a ganhar as manchetes, em 2013, depois de uma surpreendente entrevista de Bertolucci. Ele admitiu, pela primeira vez, que havia combinado com Marlon Brando que a famosa “cena da manteiga” seria para valer, para registrar a reação real de humilhação da personagem interpretada por Maria Schneider. A atriz, que tinha 19 anos na época, passou toda a vida dizendo que havia sido violentada e abusada, mas nunca foi levada a sério. Ela morreu de câncer, aos 58 anos, em 2011. Sua história foi resgatada no ano passado pelos movimentos “Me Too” e “Time’s Up”, que denunciaram casos de assédio sexual.

Nos anos 90, na esteira do prestígio conquistado com o Oscar, trabalhou em Hollywood, adaptando para a tela os livros de Paul Bowles e James Lasdun. Nessa nova fase pôde trabalhar com atores como John Malkowich, Debra Winger, Keanu Reeves, Bridget Fonda, Jeremy Irons, Sinéad Cusack e os ainda desconhecidos Liv Tyler, Thandie Newton, Rachel Weisz e Joseph Fiennes.

Em 2003, de volta a Paris, dirigiu “Os Sonhadores”, adaptação do livro do escocês Gilbert Adair, que tem como pano de fundo os conflitos estudantis de 1968. Depois de um hiato de 9 anos, lançou “Eu e você’, que viria a ser seu último filme.

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  • Data: 26/11/2018 03:11
  • Alterado:26/11/2018 15:11
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  • Fonte: Lilian Trigo









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