Balanços de final de ano: como equilibrar a saúde mental e se programar para 2024
Olhar para as dificuldades e traçar planos para o novo ciclo que se inicia pode ser uma estratégia para lidar com a ansiedade; para quem precisa de ajuda profissional, o município conta com uma rede integrada de apoio psicossocial
- Data: 30/12/2023 12:12
- Alterado: 30/12/2023 12:12
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: PMD
Crédito:André Baldini/PMD
As festas de final de ano são momentos propícios para reunir família e amigos, entretanto, podem trazer à tona sentimentos como tristeza ou ansiedade. Ter apoio emocional e atividades que possam trazer equilíbrio pode ser valioso para lidar com as emoções contraditórias do período e manter a saúde mental em dia.
Para a coordenadora de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde de Diadema, Denise Miyamoto de Oliveira, uma estratégia para lidar com um ano em que a retrospectiva não é tão positiva é “olhar para as dificuldades e tentar traçar planos para o novo ciclo que se inicia. Ficar triste é normal e saudável. Tristeza é um sentimento humano, senti-la é humano, porém permanecer na tristeza ou sentir apenas ela é uma questão a se preocupar”, alerta.
Luto
Cada pessoa, de acordo com sua crença, lida com o luto de uma forma singular. Para quem vivenciou essa situação ao longo do ano, é importante viver o processo de luto. “Isso inclui sentir a falta, reconhecer as perdas e ressignificar a vida apesar desta perda, seja ela de uma pessoa ou de um projeto. Algumas questões para pensar são: como é viver sem aquela pessoa ou aquele projeto? Quais caminhos possíveis? Que sonhos podem ser construídos?”, explica Denise.
Nesta época, as pessoas fazem balanços, fecham ciclos, abrem novos projetos e podem entrar em contato com esses sentimentos de frustração e fracasso. “Isso pode ser devastador! O desafio é fortalecer a rede de apoio, seja família, comunidade e serviços públicos de saúde ou assistência, para que o sujeito se sinta pertencente, reconhecendo mais possibilidades para além da que não aconteceu!”, resalta a coordenadora.
Quem precisa de ajuda profissional para lidar com um período mais sensível ou doença psiquiátrica pode procurar acolhimento. “As doenças psiquiátricas são consideradas “crônicas” no sentido de precisarem de tratamento longo e, muitas vezes, pela vida toda. Vale ressaltar, que não cuidamos das doenças e sim das pessoas que tem as doenças, isso muda tudo! Pois cada um vive o processo de um jeito e em um contexto“, finaliza Denise.
RAPS
A população de Diadema pode contar com a Rede de Apoio de Atenção Psicossocial (RAPS) nas 20 Unidades Básicas de Saúde, nos cinco CAPS (CAPS Sul, CAPS Leste, CAPS Norte, CAPS Álcool e Drogas e CAPS InfantoJuvenil), Espaço Colmeia (espaço de inclusão social/geração de trabalho e renda), dois Serviços de Residência Terapêutica (SRT), um Consultório na Rua I e uma enfermaria de retaguarda de Saúde mental no Hospital Municipal de Diadema (HMD), Psiquiatras 24 horas na porta da urgência e emergência no HMD. Confira os endereços dos CAPS em https://portal.diadema.sp.gov.br/caps/ e os endereços das UBSs em https://portal.diadema.sp.gov.br/ubs-por-bairro/.