Bailarina das águas

Com a paixão pelo Nado Sincronizado tatuada no braço, Pamela Nogueira treina forte para as Olimpíadas do Rio

  • Data: 09/02/2015 09:02
  • Alterado: 09/02/2015 09:02
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Jogos Cariocas
Bailarina das águas

 

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Há 15 anos, quando tinha 11 anos de idade, Pamela Nogueira começou na escolinha do Nado Sincronizado do Tijuca Tênis Clube, na Zona Norte carioca. Apenas dois anos depois, foi convocada para a seleção brasileira juvenil. Passou por todas as categorias até chegar à seleção principal, há dez anos. Hoje, aos 26 anos, é a atleta mais experiente da seleção. Foi bronze nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, e nos de Guadalajara, em 2011. É pentacampeã sul-americana – em 2014, levou o ouro no Sul-Americano da Argentina. E esse ano promete ser agitado. Em julho, o Mundial Esportes Aquáticos, na cidade russa de Kazan, será disputado na sequência do Pan-Americano de Toronto, no Canadá. Mas o foco está nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. “Teremos o incentivo do público, o que nos dará muito mais garra para mostrarmos o nosso melhor e lutar por uma boa colocação”, afirma a carioca de 1,64 m e 52 kg.

Para fazer bonito no Rio em 2016, Pamela e as outras atletas da seleção treinam sete horas por dia, de segunda a sábado, no Parque Aquático Maria Lenk, em Jacarepaguá. Paralelamente aos treinamentos, Pamela – que é graduada em Educação Física – desenvolve um ciclo de palestras em universidades e empresas, onde retrata os desafios da vida de um atleta e as semelhanças com a vida corporativa. E ainda acha tempo para tocar um projeto social para crianças carentes da Zona Norte do Rio de Janeiro. Sobre a organização das Olimpíadas de 2016, a atleta do Tijuca Tênis Clube não tem preocupações. “No Nado Sincronizado, já temos a nossa piscina de competição, que é o Parque Aquático Maria Lenk. Um local que já conhecemos muito bem, pois é o nosso centro de treinamento e já competimos muitas vezes lá”, comemora Pamela, que ostenta orgulhosamente no ombro esquerdo uma tatuagem com duas bailarinas de Nado Sincronizado.

JOGOS CARIOCAS – Como se aproximou do Nado Sincronizado? E quando percebeu que poderia ser uma atleta de excelência?
PAMELA – Meu pai surfa desde criança e minha mãe adora malhar. Desde quando eu era bebê, me colocaram na natação. Aos 4 anos, comecei a praticar ginástica rítmica no Tijuca Tênis Clube, mas infelizmente quando tinha 10 anos a ginástica acabou. Comecei a jogar vôlei, mas queria conhecer o nado sincronizado. Nem sabia nadar direito, por isso minha mãe me colocou na natação antes. Em 2000 preferi o nado ao vôlei e aí começou minha trajetória. Fiquei menos de um mês na escolinha e já fui convidada para a equipe. Meu biotipo favorecia, por ser magra e alta. Daí fui chamada para compor a seleção carioca por dois anos e em seguida ingressei na seleção brasileira, aonde estou até hoje.

JOGOS CARIOCAS – Quais são seus pontos fortes? E quais fundamentos precisa aprimorar?
PAMELA – Tenho facilidade para ouvir as músicas, com isso consigo contar bem e ser boa nos tempos da coreografia e alta na execução nos movimentos de perna (de cabeça para baixo). Sempre precisamos melhorar em tudo, pois nada é perfeito. Mas minha maior carência é altura de egg batter (movimentos com a cabeça para cima).

JOGOS CARIOCAS – Como o esporte influi no seu jeito de ser?
PAMELA – O esporte ensina muito. Aprendemos a ter disciplina em relação à rotina exaustiva que vai nos levar a alcançar posições melhores. Aprendemos a dar mais valor às coisas. O lado bom de ser atleta é vestir a camisa e representar o seu país com muito orgulho, subindo no pódio e viajando pelo mundo… Mas, como nada é perfeito, passamos vários feriados treinando, perdemos aniversários, festas, trancamos faculdade e perdemos muitas aulas… Mas tudo isso é recompensado no final, com os bons resultados.

JOGOS CARIOCAS – Como é a sua rotina de treinos?
PAMELA – Treinamos de segunda a sábado, das 7 às 14 horas. Dentro do treinamento temos musculação, zalla (exercícios que trabalham força, flexibilidade e potência juntos), flexibilidade, marcação da coreografia fora d’água, base (natação ou específicos do nado) e coreografias, além de fisioterapia e psicóloga.

JOGOS CARIOCAS –  O que espera das Olimpíadas de 2016, no Rio?
PAMELA – O Brasil tem tudo para fazer uma ótima competição. No Nado Sincronizado, estamos melhorando a cada dia, com um treinamento diferenciado feito por uma técnica canadense, que já foi muitas vezes campeã olímpica. Participar de uma Olimpíada é o meu sonho.

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Crédito:NULL Entrevista com Pamela Nogueira

  • Data: 09/02/2015 09:02
  • Alterado:09/02/2015 09:02
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Jogos Cariocas









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