Átila Jacomussi não é mais prefeito de Mauá, definitivamente
Por 16 votos a 5, em mais de seis horas de discussões, Câmara decide tirar do cargo prefeito acusado de integrar uma máfia da merenda e um mensalão nas Operações Prato Feito e Trato Feito
- Data: 18/04/2019 20:04
- Alterado: 22/08/2023 21:08
- Autor: Redação
- Fonte: ABCdoABC
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Por 16 a 5, a Câmara Municipal de Mauá, na Grande São Paulo, decidiu cassar o prefeito Átila Jacomussi (PSB), acusado de lavagem, organização criminosa, corrupção por suposta participação na máfia da merenda e um mensalão de R$ 500 mil desbaratados pelas operações Prato Feito e Trato Feito. Assume em seu lugar a vice-prefeita, Alaíde Damo (MDB). A votação durou mais de seis horas, e teve uma ausência e uma abstenção.
PLACAR:
A FAVOR DA CASSAÇÃO:
Adelto Cachorrão (Avante); Dr. Cincinato (PDT); Chico do Judô (Patriotas); Chiquinho do Zaíra (Avante); Fernando Rubinelli (PDT); Irmão Ozelito (SD); Ivan Stella (Avante); Jotão (PSDB); Manoel Lopes (DEM); Marcelo Oliveira (PT); Melão (PPS); Neycar (SD); Professor Betinho (PSDC); Samuel Enfermeiro (PSB); Sinvaldo Carteiro (PSDC); Tchacabum (PRP);
CONTRA A CASSAÇÃO:
Admir Jacomussi (PRP); Betinho Dragões (PR); Bodinho (PRP); Ricardinho da Enfermagem (PTB); Severino do MSTU (SD);
ABSTENÇÂO:
Pastor José (PSDB)
AUSÊNCIA
Gil Miranda (PRB)
Átila Jacomussi foi detido, inicialmente, em maio, no âmbito da Operação Prato Feito, da Polícia Federal, que apura desvio de verbas públicas em contratos firmados com o município para fornecimento de merenda escolar.
Na casa de Jacomussi, a PF encontrou R$ 87 mil em espécie, dos quais R$ 80 mil estavam escondidos na cozinha, dentro de uma panela. Ele foi denunciado por lavagem de dinheiro. Em junho, Gilmar Mendes mandou soltá-lo.
Ele foi preso de novo em dezembro, na Trato Feito, que mira esquema de mensalão ligando a Prefeitura e 22 dos 23 vereadores da Câmara Municipal de Mauá, na Grande São Paulo.
No dia da deflagração da Trato Feito, os agentes federais apreenderam com os suspeitos R$ 1,087 milhão em dinheiro vivo. Em fevereiro, Jacomussi foi solto novamente pelo ministro.