Ataque a Assentamento do MST em Tremembé Deixa Dois Mortos e Seis Feridos
Ataque brutal a assentamento do MST em Tremembé deixa 2 mortos e 6 feridos; governo cobra ação imediata contra violência rural.
- Data: 11/01/2025 14:01
- Alterado: 11/01/2025 14:01
- Autor: redação
- Fonte: Folhapress
Crédito:iStock
Na noite de sexta-feira, 10 de novembro, um trágico ataque a um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Tremembé, São Paulo, resultou na morte de duas pessoas e deixou outras seis feridas, com duas delas em estado grave. As informações foram confirmadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
De acordo com relatos do MST, o assentamento Olga Benário foi invadido por indivíduos armados que chegaram em veículos e motocicletas por volta das 23 horas. Durante a ação, disparos foram feitos em direção aos moradores, incluindo crianças e idosos.
Oito pessoas foram atingidas pelos tiros e prontamente encaminhadas ao Hospital Regional de Taubaté e ao Pronto Socorro de Tremembé. Dentre os feridos, dois não conseguiram resistir aos ferimentos: Valdir do Nascimento e Gleison Barbosa. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a Polícia Civil de Taubaté está investigando as circunstâncias das mortes, enquanto outros dois feridos permanecem em estado grave.
A ocorrência foi registrada sob as acusações de homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo. Um suspeito foi detido no local e autuado por porte ilegal da arma.
Em resposta ao ocorrido, o ministro Paulo Teixeira do MDA contatou a Polícia Federal e representantes do governo estadual para solicitar ações imediatas e medidas punitivas contra os responsáveis pelo crime, que ele classificou como “bárbaro”. Teixeira relatou ter conversado com diversos secretários estaduais e com o diretor-geral da Polícia Federal.
O MDA expressou seu repúdio à violência e manifestou solidariedade às famílias afetadas, especialmente às dos falecidos Valdir do Nascimento e Gleison Barbosa Carvalho. “O ministério repudia o crime e apoia os assentados da reforma agrária”, afirmou em nota.
Por sua vez, o MST também se pronunciou sobre o ataque, expressando indignação diante da violência crescente e da carência de políticas públicas eficazes para garantir a segurança nos territórios ocupados.