Argentina sob Javier Milei desafia tributação de super-ricos na cúpula do G20
ameaçando avanços liderados pelo Brasil em justiça fiscal e sustentabilidade.
- Data: 15/11/2024 18:11
- Alterado: 15/11/2024 18:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Reprodução
Na última reunião do G20, realizada no Rio de Janeiro, a delegação argentina sob a liderança do ultraliberal Javier Milei mostrou resistência a propostas cruciais de taxação dos super-ricos. Este tema é uma prioridade para o ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, que busca consolidar compromissos internacionais com uma tributação justa e progressiva. Em julho, Haddad conseguiu incluir uma menção ao “diálogo global sobre tributação justa e progressiva” em um texto preliminar. No entanto, a postura argentina ameaça reverter esse avanço.
O contexto dessa resistência pode estar ligado à política fiscal do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que defende cortes de impostos para os mais ricos e empresas. A oposição argentina pode ser vista como uma aliança tácita com essas políticas. Além disso, os negociadores argentinos expressaram discordância em outras áreas do documento final do G20, incluindo igualdade de gênero e empoderamento feminino, bem como metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
A cúpula ocorre num momento crucial para as economias globais, onde se discute não apenas a justiça fiscal, mas também a promoção da sustentabilidade e igualdade. A resistência da Argentina levanta preocupações sobre a unidade das nações no combate às desigualdades sociais e econômicas.
Em conclusão, a oposição argentina à taxação dos super-ricos e outros temas fundamentais demonstra as complexidades das negociações internacionais. A resposta a essas questões impactará significativamente o desenvolvimento sustentável e o equilíbrio econômico global. Para avançar nesse cenário desafiador, será necessário um diálogo contínuo e esforços coordenados entre as nações participantes do G20.