Apesar de reunir 97% de toda a água do planeta, cerca de 90% do oceano ainda é um mistério

Segurança alimentar, estabilidade climática, biodiversidade, energias alternativas, biotecnologia e lazer são alguns dos benefícios oferecidos pelos mares à humanidade

  • Data: 19/03/2021 20:03
  • Alterado: 19/03/2021 20:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: Tamer Comunicação
Apesar de reunir 97% de toda a água do planeta, cerca de 90% do oceano ainda é um mistério

Crédito:Divulgação

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Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 22 de março de 1992, o Dia Mundial da Água surgiu como esforço da comunidade internacional para colocar em pauta questões essenciais que envolvem os recursos hídricos. Embora esteja presente em 70% da superfície da Terra, reunindo mais de 97% de toda a água do planeta, o oceano permanece desconhecido e aparentemente distante do cotidiano da maioria das pessoas, mesmo quando falamos sobre a importância da água em nossas vidas. Pesquisadores estimam que cerca de 90% desse universo ainda não foram desvendados e apenas um terço da biodiversidade marinha já foi catalogada.

O oceano provê bens e serviços estratégicos para o planeta, que beneficiam direta e indiretamente toda a sociedade. “Pode-se destacar a segurança alimentar e ambiental, previsão e estabilidade climática, bio e geoprospecção para a identificação e obtenção de organismos e minerais de interesse, respectivamente, energias alternativas, biodiversidade, lazer, dentre outros serviços. A imensa biodiversidade do oceano, além de prover alimento de alta qualidade nutricional, também tem enorme potencial biotecnológico para a produção de novos fármacos e outros bioprodutos marinhos”, destaca Eduardo R Secchi, membro de Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio Grande-FURG (RS) e membro do Grupo de Especialistas em Cetáceos da International Union for Conservation of Nature (IUCN).

Para Alexander Turra, professor titular do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP) e também membro da RECN, a sociedade conhece pouco todo esse potencial. “Precisamos investigar mais, tanto do ponto de vista das riquezas que o oceano guarda e que pode nos oferecer, quanto dos detalhes de seu funcionamento e de sua complexidade. Conhecendo mais, poderemos cuidar melhor”, afirma Turra, doutor em Ecologia e responsável pela Cátedra UNESCO para a Sustentabilidade do Oceano.

Entre os maiores desafios para ampliar esse conhecimento estão o apoio às pesquisas e o engajamento da sociedade. “Além de conhecimento, novos estudos abrem espaço para o desenvolvimento de soluções para os desafios atuais e de negócios de impacto positivo. Também é preciso aliar a pesquisa a processos de inovação, comunicação e tecnologia para que mais pessoas e atores se envolvam com a causa oceânica”, afirma o gerente de Engajamento, Comunicação e Relações Institucionais da Fundação Grupo Boticário, Omar Rodrigues. “Mais que promover o conhecimento, é preciso também transmiti-lo de forma eficiente à sociedade, para que tenhamos o engajamento de todos pela proteção, inclusive com legislações e políticas públicas que fortaleçam e conservem esse ecossistema”, ressalta.

A entidade, com uma trajetória de 30 anos, é uma das representantes da sociedade civil na Década do Oceano no Brasil. A Década (2021 a 2030), decretada pela Organização das Nações Unidas (ONU), estabelece ações e metas globais a favor da sustentabilidade do oceano.

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  • Data: 19/03/2021 08:03
  • Alterado:19/03/2021 20:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: Tamer Comunicação









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