Animais vertebrados não serão mais cobaias de empresas cosméticas
Legislação aprovada hoje apresenta uma série de regras sobre testes em animais
- Data: 01/03/2023 18:03
- Alterado: 01/03/2023 18:03
- Autor: Redação
- Fonte: Centro Universitário IBMR
Crédito:Pixabay
Animais vertebrados não poderão ser usados em testes de cosméticos, produtos de higiene pessoal e perfumes. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (1), no Diário Oficial da União (DOU), pelo colegiado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea).
Segundo o biomédico e professor do IBMR, Luiz Guilherme Hendrischky, atualmente, existem alternativas aos testes em animais, como testes in vitro e modelos computacionais. Esses métodos são precisos e eficazes, além de serem éticos e menos onerosos. “Acredito que a proibição também impulsione um maior desenvolvimento e inovação na indústria de cosméticos. Sem a permissão para testar em animais, as empresas poderão se concentrar no desenvolvimento de técnicas avançadas de testes alternativos mais precisas e eficientes”, explica.
O professor ainda reforça que a proibição acarretará um impacto positivo na imagem e reputação das empresas de cosméticos, uma vez que os consumidores estão cada vez mais preocupados com a ética e a responsabilidade social. “Muitos consumidores preferem apoiar organizações que não realizam testes em animais e, por isso, grandes marcas do setor cosmético já procuram utilizar modelos alternativos há algum tempo. Assim, a adaptação não será difícil. Porém, precisamos que haja fiscalização constante para o cumprimento da proibição”, destaca.