Alunos do projeto Primeiros Acordes se apresentam em Rio Grande da Serra

Primeira apresentação dos professores e alunos do projeto Primeiros Acordes acontece no aniversário de Rio Grande da Serra; Comemoração acontece no dia 25 de maio

  • Data: 22/05/2019 11:05
  • Alterado: 22/05/2019 11:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: assessoria
Alunos do projeto Primeiros Acordes se apresentam em Rio Grande da Serra

projeto Primeiros Acordes

Crédito:Igor Preciso

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A primeira apresentação dos alunos e professores do projeto Primeiros Acordes acontece no sábado, dia 25 de maio, no Teatro Municipal Primeira-Dama Zulmira Jardim Teixeira, em Rio Grande da Serra. O evento começa às 18h30 e celebra os 55 anos da cidade, com atrações envolvendo coral, música, dança e orquestra relacionadas a todos os projetos culturais e educacionais do município.

Desde novembro de 2018, seis músicos da Nomade Orquestra, Samuca e a Selva e outras bandas ministram aulas de instrumentos de sopro (madeiras e metais) e percussão para moradores de Rio Grande da Serra (SP). Ao final dessa primeira fase, que dura até agosto, os estudantes formarão uma orquestra.

Ao longo desse período, os inscritos no projeto aprendem a tocar trompete, trombone, tuba, trompa, saxofone, clarinete, flauta, bumbo, caixa, pratos e alguns instrumentos de percussão tipicamente brasileiros. Para participar, não é necessário ter nenhum conhecimento básico em música.

“Temos 40 alunos matriculados e eles estão evoluindo bastante a cada aula. Nesta fase, os estudantes estão divididos em três turmas: instrumentos de madeira, de metais e percussão. A teoria tem sido passada para eles com base em um arranjo feito pelo professor Marco Stoppa para a música ‘Primavera’, de Tim Maia”, conta Victor Fão, curador do projeto.

Moradores do ABC Paulista, os instrumentistas Bio Bonato (Nomade Orquestra, Samuca e a Selva, Otis Trio e Ba-Boom), Kiko Bonato (Saori&Tequila, Ba-Boom , Black Mantra, Samuca e a Selva e Buena Onda Reggae Club), Marco Stoppa (Tony Tornado, Universo Gafieira, Criolina, Elza Soares e Nomade Orquestra), Rafael Cab (Conde Favela, SPIO – São Paulo Improvisadores em Orquestra e trio com Luís Felipe Lucena, Rafael Cab e Luiz Galvão), Rodrigo Olivério e Victor Fão (Buena Onda Reggae Club, Nomade Orquestra e Samuca e a Selva) sempre quiseram montar uma banda grande para colocar em prática algumas das suas ideias musicais.

Dessa maneira, quando foram convidados para participar do Projeto Primeiros Acordes, viram a chance de concretizar esse sonho. Eles se propuseram a desenvolver uma metodologia própria para o projeto. “Para nós, é muito importante trazer instrumentos e músicas do mundo deles para o nosso e vice-versa. Por isso, antes de começar a tocar, queremos ouvi-los. Essa troca professor-aluno é fundamental”, comenta Victor Fão, curador artístico do projeto.

A proposta do projeto é dar um impulso inicial na carreira de jovens músicos e mostrar que eles precisam continuar estudando para se tornar grandes instrumentistas. “Nosso maior desejo é que esses alunos consigam ter a mesma visão em relação à música que tivemos quando éramos mais novos. Queremos extrair o melhor deles para que todos possam estudar e crescer na área, fazendo o legado musical perdurar”, conta Fão.

SOBRE AS AULAS

As aulas acontecem duas vezes por semana, com duração de três horas cada, totalizando 24 horas mensais. No último sábado de cada mês, estão previstos ensaios abertos. Na metade e no final do curso, acontecem apresentações ao público.

Ao longo do processo serão formadas três turmas com dois professores e até 20 integrantes. Os responsáveis pelos metais são Marco Stoppa (titular) e Victor Fão. Nas madeiras, a dupla é formada por Bio Bonato (titular) e Kiko Bonato. Por fim, na percussão, os tutores são Rafael Cab (titular) e Rodrigo Olivério.

O Projeto Primeiros Acordes é uma parceria da Aprisco (Associação de Presbiterianos Para Inclusão Social e Comunitária em Defesa da Vida), Carbono 60 e Cult Cultura, com apoio da Prefeitura de Rio Grande da Serra e patrocínio exclusivo da Unipar.

SOBRE OS MÚSICOS

Bio Bonato

Bio Bonato é saxofonista e baterista. Atualmente, está envolvido com quatro projetos autorais. Um deles é a Nomade Orquestra, que já lançou três álbuns. O grupo também realizou três turnês pela Europa entre 2016 e 2018, apresentando-se em grandes festivais, como Womex (Espanha), Womad (Inglaterra), Boomtown (Inglaterra) e B-Jazz (Alemanha).

Ele também integra a Samuca e a Selva, banda com dois discos lançados. O grupo fez shows em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além de já ter circulado pelo Chile em uma turnê que passou por festivais como o Puesco Festival.

Bio também pertence ao Otis Trio, um projeto de jazz instrumental, que, atualmente, está produzindo o terceiro álbum. Já realizou diversas apresentações com o grupo em festivais, SESCs e casas noturnas por São Paulo.

Com a banda Ba-Boom, também tocou em muitas casas noturnas, festivais e SESCs pelo Brasil, além de realizar uma turnê pela Jamaica no ano de 2012 a convite do Ocho Rios Jazz Festival.

Como freelancer, já trabalhou com grandes nomes, como Tony Tornado, Di Melo, Criolina (Maranhão), Black Mantra, Buena Onda Reggae Club, Família Gangsters, Projeto Nave (em diversos formatos fazendo banda de apoio para grandes artistas da cena RAP/HIP-HOP brasileira em várias edições do programa Manos e Minas, da TV Cultura, e em festivais e SESCs).

Kiko Bonato

Kiko Bonato é saxofonista, guitarrista e tecladista. Na banda Saori&Tequila, toca teclado desde 2012. No repertório do grupo, há clássicos jamaicanos dos anos 1960 e 1970, além de músicas autorais. Já tem dois álbuns lançados.

O músico também é tecladista do Black Mantra, projeto de música instrumental com influências de funk dos anos 1960 e 1970; e da Buena Onda Reggae Club, banda instrumental voltada aos ritmos jamaicanos, como ska, rocksteady e reggae.

Kiko também toca saxofone tenor na Ba-Boom desde 2009 e na Samuca e a Selva desde 2014.

Marco Stoppa

Marco Antonio Stoppa tem 33 anos e nasceu na cidade de Foz do Iguaçu (Paraná). Começou a estudar música aos 10 anos, em 1991, na Banda Marcial da Cidade de Mauá (ABC Paulista) e logo se destacou como trompetista.

Aos 13 anos, passou a tocar em bandas de baile e outras vertentes populares. Aos 14, participou do Festival Internacional de Bandas na cidade de Melipilla, Chile. Estudou com professores renomados como Antonio Carlos Júnior (OSESP) e Settimo Paiolleti (Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo).

Tendo alcançado seu espaço na noite paulistana, já fez parcerias com artistas de várias vertentes da música, como Forró Cariciar, Charlys da Rocinha, Nação Regueira, Banda Grooving Machine, Velhas Virgens, Gullivera, Germano Matias, Simoninha, Carolina Soares, Projeto Vinagrete, Pedra Branca, Osvaldinho da Cuíca, Silva.

Atualmente, trabalha com as bandas Tony Tornado, Universo Gafieira, Criolina, Elza Soares e Nomade Orquestra.

Rafael Cab

Rafael Cab é improvisador, baterista, artista visual e educador. Dedica-se atualmente a projetos de arte sonora focados em música livre/inventiva e desenvolvimento composicional contemporâneo. É idealizador do “Grande Grupo Não Domesticado” – grupo de pesquisa e desenvolvimento em improvisação não idiomática e improvisação dirigida.

Como improvisador, circula constantemente na cena de música livre da Grande São Paulo em workshops e apresentações, que vão de solo a participação em grandes formações, com destaque para a SPIO – São Paulo Improvisadores em Orquestra e o trio com Luiz Eduardo Galvão e Luis Felipe Lucena. Ainda no espectro da música livre, é um dos organizadores do “Espaço Sem Centro” – encontro mensal de música experimental, que acontece desde janeiro de 2017.

Rafael também integra o sexteto Conde Favela, que se dedica a pesquisas na linguagem do free jazz e o grupo percussivo ABC Percussive Ensemble, que desenvolve pesquisa sobre ritmos do mundo. Em artes visuais, desenvolve pesquisa autoral em pintura contemporânea, além de cartazes para apresentações artísticas e capas de disco.

Rodrigo Olivério

Rodrigo Olivério é educador, compositor, instrumentista e artista plástico. Atua em pesquisas sobre a construção e a modificação de instrumentos tradicionais e não tradicionais.

É integrante do Grupo Experimental de Música – GEM tendo atuado junto de artistas como Ivaldo Bertazzo e Naná Vasconcellos. Possui longa trajetória na investigação acerca de instrumentos étnicos de diversas culturas, com foco nos signos e morfologias dos instrumentos de sopro.

Atualmente, desenvolve pesquisa e elabora material artístico e conceitual sobre a temática “parque sonoro”. Tem desenvolvido diversos trabalhos pedagógicos em torno da música experimental e da criação de instrumentos com uso e reuso de objetos reciclados.

Victor Fão

Victor Fão começou suas atividades musicais ainda adolescente, aos 14 anos, tocando baixo em bandas de punk rock e hardcore da Zona Norte de São Paulo.

Depois de alguns anos, decidiu alçar novos voos e começou a tocar trombone, como iniciante, nas bandas Carne de Groove e Pinguins Tropicais. No final de 2008, foi convidado para integrar a banda de reggae Ba-Boom, que lançou dois discos, viajou por todo o Brasil e fez uma turnê pela Jamaica.

Atualmente, é trombonista da Buena Onda Reggae Club e da Nomade Orquestra, que tem dois álbuns lançados no Brasil e na Europa pela Farout Records e excursionou duas vezes pela Europa, tocando em festivais como Womex, Womad e Boomtown festival, além da banda Samuca e a Selva, que concorreu em 2017 ao prêmio da música brasileira como melhor grupo e fez sua primeira tour internacional pelo Chile.

SERVIÇO

APRESENTAÇÃO DOS ALUNOS DO PROJETO PRIMEIROS ACORDES

25 de maio de 2019, às 18h30

Teatro Municipal Primeira-Dama Zulmira Jardim Teixeira

Avenida Dom Pedro I, 428 – Centro – Rio Grande da Serra – SP

Grátis

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