ACSP: 42,8% dos consumidores pretendem gastar mais em relação ao ano passado no Dia dos Pais
Intenção de compras para o Dia dos Pais apontam que consumidores pretendem optar por uso de dinheiro em espécie, cartões de débito e PIX em vez de compras parceladas
- Data: 08/08/2024 11:08
- Alterado: 08/08/2024 11:08
- Autor: Redação
- Fonte: ACSP
Crédito:Alex Cavanha/PSA
De acordo com a Pesquisa Nacional realizada para Associação Comercial de São Paulo (ACSP) pela PiniOn, 35,8% dos entrevistados pretendem comprar presentes no Dia dos Pais, 42,6% responderam que não têm intenção de fazê-lo, enquanto 21,6% ainda não sabem. Em relação ao ano passado, se manteve praticamente inalterada a proporção dos que manifestaram intenção de compra, e diminuiu levemente aquela relativa aos que não pretendem adquirir presentes.
Do grupo de entrevistados que planejam presentear seus pais, 42,8% pretendem gastar mais do que em 2023, enquanto 34,2% desejam o contrário. Em termos do nível de despesa, a grande maioria (69,3%) pretende gastar entre R$ 50 e R$ 300.
A pesquisa também apontou que a maioria das compras continuaria sendo realizada em pequenos estabelecimentos (46,4%), e de forma presencial, em lojas físicas (58,4%).
Na tabela abaixo, apresentamos as principais categorias de bens e serviços que fazem parte da intenção de compra dos entrevistados (1.702), em nível nacional, bem como se a forma de pagamento seria à vista ou parcelada. Vale lembrar que cada entrevistado pode escolher mais de uma opção de presente.
Itens com maior valor
De maneira geral, as intenções de compra permanecem focadas em presentes pessoais e de menor valor, que são pagos à vista, seguindo a tradição para essa data. Entre os itens mais procurados estão roupas, calçados e acessórios, que representam 38,2% das intenções de compra. No entanto, esse percentual ainda está bem abaixo dos níveis registrados nos anos anteriores à pandemia, que variavam entre 60% e 70%.
Outros itens em destaque incluem perfume (25,7%), almoço em restaurante (14,3%), caneca (9,7%) e relógio (11,8%). Por outro lado, itens como livros (5,7%), chocolates/bombons (9,5%) e caixas de ferramentas (7,5%), que tiveram alta três anos atrás devido ao isolamento social, ainda apresentam baixa intenção de compra, embora tenha havido um leve aumento em relação ao ano passado.
As intenções de compra de bens digitais, como celulares, computadores, notebooks e tablets, continuaram a diminuir, representando apenas 14,3% do total. Essa redução pode ser atribuída ao alto nível de endividamento das famílias e ao custo elevado do crédito.
Na área de serviços, o almoço em restaurante (14,3%) continua a ser a preferência predominante, embora de forma ligeira, em relação aos pedidos de delivery de refeição e cestas de café da manhã (14,2%). Isso reflete um retorno aos hábitos de consumo que eram comuns antes do período de isolamento social.
De acordo com o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, a disposição para comprar parceladamente é notavelmente menor para todos os itens da tabela anterior “Há uma clara preferência pelo uso de dinheiro em espécie e cartões de débito em vez do PIX para pagamentos à vista. Essa redução na intenção de parcelamento pode estar relacionada ao alto custo do crédito”, completa Ruiz de Gamboa.
Em resumo, em comparação com o ano passado, as intenções de compra para o Dia dos Pais não apresentaram variações significativas. Isso reflete a perda de poder de compra das famílias, que é resultado da inflação de produtos básicos, altos juros e elevado nível de endividamento.