A fisioterapia no tratamento das sequelas da Covid-19

Fisioterapeutas têm atuado ativamente com pacientes hospitalizados em ambulatórios ou na UTI e em sessões remotas para proporcionar mais praticidade e conforto no tratamento

  • Data: 02/09/2021 11:09
  • Alterado: 02/09/2021 11:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Faculdade Unyleya
A fisioterapia no tratamento das sequelas da Covid-19

A fisioterapia no tratamento das sequelas da Covid-19

Crédito:Reprodução/ Santa Clara

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Entre as principais sequelas causadas pela Covid-19 estão a diminuição de massa e força muscular, dor e rigidez articular, um pouco de déficit de memória e atenção e fadiga. Para cada consequência, existem exercícios específicos realizados com o suporte de um fisioterapeuta para ajudar no processo de recuperação.

Os profissionais da área precisaram se reinventar durante a pandemia para atender pacientes de maneira remota. O coordenador e tutor de cursos de pós-graduação em Fisioterapia da Unyleya, Daniel Vicentini de Oliveira, analisou a transformação da rotina desses profissionais neste período e sobre as novas oportunidades do mercado de trabalho.

“A pandemia da COVID-19 alterou de alguma maneira a vida de todas as pessoas no mundo todo. Com os fisioterapeutas não foi e não é diferente. Aqueles que conseguiram se reinventar, conseguiram manter seus pacientes ativamente”, afirma.

Daniel ainda explica que a fisioterapia é recomendada para os pacientes hospitalizados, em ambulatório e, principalmente, aqueles que foram internados em UTI.

Para cada caso, existe um tratamento específico, mas em geral, quando há a diminuição de massa e força muscular, os fisioterapeutas indicam exercícios de força muscular. Para dor articular, utiliza-se eletroterapia, crioterapia, termoterapia e mobilização articular.

Já para os casos de rigidez articular, o fisioterapeuta intervém por meio de alongamentos, seja eles ativos ou passivos, além de mobilização das articulações afetadas. Quando há fadiga, a terapia é feita por meio de exercícios aeróbios, cíclicos e que utilizam os grandes grupos musculares. Por fim, em casos que existam sequelas neurológicas, é interessante a participação de um neurologista no tratamento. Daniel explica que cada paciente irá evoluir de uma maneira, então não há um consenso de quantidades de sessões necessária, as o mínimo recomendado são dez.

“Em pacientes que estão no ambulatório, o fisioterapeuta atuará promovendo atividades respiratórias e aeróbicas, como caminhada pelos corredores do hospital. Ele também poderá atuar com exercícios de fortalecimento muscular. Já em pacientes acamados nas UTI, o fisioterapeuta é o profissional responsável pelo controle da ventilação mecânica, invasiva ou não invasiva, do paciente, juntamente com a equipe interdisciplinar. Como neste caso o paciente está acamado, podem ser realizadas também mobilizações articulares, alongamentos e estratégias de desobstrução brônquica. Já com os pacientes recuperados da Covid-19 e que estejam em domicílio, a intervenção dependerá de como a doença evoluiu no paciente e as sequelas deixadas”, conta Daniel.

A fisioterapia atuará com o objetivo de manter ou aumentar a expansibilidade torácica, a força e massa muscular e o nível de atividade física, além de promover analgesia muscular, articular e aumentar a flexibilidade do paciente.

Para o coordenador, um dos legados que a pandemia deixará para a fisioterapia é o de que em nenhuma ciência, protocolo e rotina são permanentes, por isso os profissionais precisam sempre estarem preparados para se reinventarem. “O mercado de trabalho para os fisioterapeutas está melhorando após mais de um ano de pandemia. Muitos profissionais e pacientes perceberam que, dependendo do caso, as sessões podem sim serem realizadas de maneira remota, dando mais praticidade e conforto para ambos. Além disso, uma nova e grande demanda de atendimento surgiu com os pacientes afetados por sequelas”, relata.

Para quem deseja se forma em fisioterapia, o conselho que Daniel dá é o de que o profissional fisioterapeuta deve ser paciente, criativo, empático e simpático. É essencial sempre analisar suas competências e habilidades técnicas e pessoais, além de gostar de trabalhar com pessoas.

As oportunidades estão, principalmente, em hospitais (UTI e ambulatório), escolas, instituições de ensino superior, academias, clínicas, resorts, spas, estúdios, unidades básicas de saúde, entre outras. 

A média do piso salarial de 2021 do Fisioterapeuta Geral é de R$ 2.622,18, com teto de R$ 5.185,91 levando em conta o salário base de profissionais em regime CLT de todo o Brasil.

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  • Data: 02/09/2021 11:09
  • Alterado:02/09/2021 11:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Faculdade Unyleya









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