São Caetano grafita bocas de lobo para conscientizar contra enchentes

O Departamento de Água e Esgoto (DAE) de São Caetano do Sul, em parceria com a Coordenadoria Municipal da Juventude (Comjuv) – Estação Jovem e a Secretaria Municipal de Cultura (Secult), iniciou a segunda etapa da campanha “Boca de Lobo não come lixo!” com a ação “Arte Deságua nas Ruas”, que consiste numa exposição a céu aberto, onde 25 pontos de bocas de lobo estão sendo grafitados nos lugares de maior movimentação com o objetivo de conscientizar as pessoas contra enchentes.

Segundo o prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro, que esteve acompanhando os trabalhos dos artistas nesta sexta-feira (1/11), a iniciativa visa, primordialmente, propor uma reflexão sobre as causas e os problemas decorrentes das enchentes, além de incentivar os artistas locais e dar mais vida ao espaço urbano. “Queremos que toda a comunidade reflita sobre a sua participação na campanha, ajudando a evitar o descarte irregular de lixo e, consequentemente, o entupimento dos bueiros”, disse.

Lixo nas ruas é um dos principais causadores de enchentes. Os detritos jogados fora de horário de coleta e/ou de forma irregular são carregados pelas fortes chuvas até as galerias pluviais, obstruindo o escoamento da água. Um dos fatos mais preocupantes detectado pela Seção de Drenagem Urbana da Divisão Técnica do DAE/SCS é que 90% dos alagamentos pontuais são causados por entupimentos das bocas de lobo.

De acordo com o diretor geral da autarquia, Welington Kalil, a proposta é dar visibilidade às bocas de lobo, com uma linguagem descontraída, de modo que os munícipes entendam a sua importância urbana. “Sua função é fundamental para evitar inundações nas vias. Seu caminho precisa estar totalmente desobstruído. Por mais que as enchentes sejam fenômenos naturais provocados por chuvas intensas, elas podem ser evitadas ou minimizadas. O lixo despejado incorretamente nas ruas, nos terrenos baldios, nas margens dos córregos e rios é um dos grandes vilões”, afirmou.

A ação “Arte Deságua nas Ruas”, que estará presente nos 15 bairros da cidade, começou no último dia 25 de outubro e segue até o próximo dia 18 de novembro.

CONFIRA ABAIXO O CRONOGRAMA COMPLETO
25/10, às 15h – Rua Piauí (Altura do nº 1.118)
29/10, às 10h – Av. Fernando Simonsen (Altura do nº 566 – Espaço Verde Chico Mendes – Em frente à Prefeitura)
29/10, às 15h – Av. Fernando Simonsen (Altura do nº 566 – Espaço Verde Chico Mendes – Interno)
30/10, às 10h – Av. Fernando Simonsen (Altura do nº 303 – Em frente ao DAE)
31/10, às 10h – Rua Serafim Constantino (Altura do nº 100 – Terminal Rodoviário)
31/10, às 15h – Rua Visconde de Inhaúma (Altura do nº 1.128)
01/11, às 10h30 – Av. Goiás (Altura do nº 600 – Praça ao lado da Câmara)
01/11, às 15h – Rua Joana Angélica (Altura do n° 620)
04/11, às 10h – Rua Heloísa Pamplona (Rua 24 horas)
04/11, às 15h – Avenida Goiás (Altura do nº 950 – Em frente ao Centro Digital)
05/11, às 10h – Rua Joana Angélica (Altura do n° 134)
06/11, às 10h – Rua São José (Altura do nº 112)
06/11, às 15h – Rua Major Carlos Del Prete (Altura do nº 651 – Em frente ao Atende Fácil)
07/11, às 10h – Rua Baraldi (Altura do nº 925)
07/11, às 15h – Rua Perrella (Na saída da estação da CPTM)
08/11, às 10h – Av. Presidente Kennedy (Altura do nº 2.300 – Em frente ao CER Miguel Marcucci – Abrevb)
11/11, às 10h – Rua Manoel Coelho (Altura do nº 298)
11/11, às 15h – Av. Fernando Simonsen (Altura do nº 566 – Em frente ao Espaço Verde Chico Mendes)
12/11, às 10h – Av. Presidente Kennedy (Altura do nº 2.011)
12/11, às 15h – Estrada das Lágrimas (Altura do nº 1.998)
13/11, às 10h – Rua Manoel Coelho (Altura do nº 487)
14/11, às 10h – Rua Santa Catarina (Altura do nº 26)
14/11, às 15h – Estrada das Lágrimas (Altura do nº 343)
18/11, às 10h – Avenida Goiás (Altura do nº 1.183)
18/11, às 15h – Av. Presidente Kennedy (Altura do nº 1.740)

EXPOSIÇÃO VIRTUAL
A exposição também poderá ser visitada virtualmente. Para isso, basta acessar . Lá, será possível acompanhar o roteiro, além de fotos e vídeo dos grafites dos artistas, da concepção até a finalização. O DAE/SCS está reforçando a divulgação nas redes sociais e por meio de faixas e cartazes nas escolas e prédios municipais.

OS ARTISTAS
As obras são assinadas em conjunto pelos grafiteiros e skatistas Yuri Sapucaia e William Raffa. Com 18 anos de idade e moradores de São Caetano, ambos integram os diversos projetos da Coordenadoria Municipal da Juventude (Comjuv) – Estação Jovem. “A reação nas ruas é de admiração. Param para perguntar sobre o significado do desenho. Quando explicamos a mensagem que o grafite quer passar, as pessoas se surpreendem ainda mais. É muito gratificante para o artista”, ressaltou Sapucaia.

Ele explicou que cada intervenção tem um conceito diferente. “Exatamente para estimular o pensamento. Focamos na preservação do meio ambiente e na conscientização. Expor no chão é inovador. É a primeira iniciativa deste tipo por aqui. A Prefeitura e o DAE têm nos dado oportunidades de mostrar os nossos trabalhos.”

Para Raffa, a experiência de manifestação artística em espaços públicos tem sido muito legal. “Achei bem bacana. Além de termos as nossas artes espalhadas pela cidade, também ajuda a tirar o preconceito que as pessoas têm do grafite”, concluiu.

A CAMPANHA
A campanha de conscientização de São Caetano “Boca de Lobo não come lixo!” foi iniciada no mês de outubro e conta com uma série de ações de comunicação para disseminar a mensagem, como outdoors públicos, faixas nos bairros com maior incidência, busdoors em linhas de ônibus municipais e intermunicipais, banners no canteiro central da Avenida Goiás, além de material educativo, como folders, vídeo, hotsite e redes sociais. Todos os veículos da frota também foram adesivados.

COMO A POPULAÇÃO PODE COLABORAR?
– Não jogando lixo nas ruas, nos terrenos baldios, nas margens dos córregos e rios.
– Acondicionando o lixo em sacos bem amarrados. Assim, também evitando insetos, ratos e doenças.
– Colocando o lixo para fora de casa próximo ao horário da coleta.
– Colaborando com a coleta seletiva. Assim, diminuindo a quantidade de lixo.
– Não deixando materiais de construção em terrenos sem proteção ou nas calçadas, de forma a evitar que parte deles seja arrastada pelas chuvas.