Dia Internacional da Mulher: setor industrial brasileiro ainda é predominantemente masculino

Apenas 29% dos cargos de liderança nas indústrias do Brasil são ocupados por mulheres, aponta pesquisa; CEO da Rayflex destaca desafios para aceitação do posicionamento feminino no setor

  • Data: 05/03/2025 12:03
  • Alterado: 05/03/2025 12:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Dia Internacional da Mulher: setor industrial brasileiro ainda é predominantemente masculino

Giordania Tavares

Crédito:Divulgação

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O Dia Internacional da Mulher é celebrado, anualmente, no dia 8 de março. Tendo origem nas lutas das mulheres no início do século XX por melhores condições de trabalho, direito ao voto e igualdade de gênero, a data reflete a persistência dessa busca ao longo dos anos. De acordo com um estudo divulgado pelos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres em 2024, as mulheres ganham 19,4% a menos que os homens no Brasil, sendo que a diferença varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a diferença de remuneração chega a 25,2%.

Desafios da desigualdade de gênero no mercado de trabalho

“No mercado de trabalho, muitas mulheres ainda enfrentam desafios relacionados à desigualdade de gênero, o que pode limitar suas oportunidades de crescimento profissional. Isso é visível especialmente em setores onde a presença masculina é mais forte, como na indústria, o que torna mais difícil para elas alcançarem posições de liderança”, comenta Giordania Tavares, CEO da Rayflex, líder nacional na fabricação de portas rápidas industriais no Brasil e América Latina.

Baixa presença feminina nas indústrias brasileiras

No cenário industrial brasileiro, ainda existe uma grande ausência feminina. Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto FSB de 2023, apenas 29% dos cargos de liderança nas indústrias do Brasil são ocupados por mulheres. Giordania, que sempre acompanhou de perto a empresa fundada pelo pai, afirma que costuma ser a única líder feminina entre os seus competidores diretos.

“Na adolescência, iniciei minha trajetória na área administrativa da empresa e, com o tempo, consegui conquistar meu lugar na diretoria. Embora eu não tenha enfrentado obstáculos dentro da Rayflex por ser mulher, percebo que, fora dela, a realidade para muitas mulheres é diferente. Às vezes, o posicionamento feminino encontra resistência, no entanto, acredito que, por meio do diálogo, podemos ajudar a conscientizar as pessoas sobre a importância de respeitar as diferenças e promover um ambiente mais igualitário e saudável”, revela.

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