Trump Exige Denúncias de Servidores em Programa de Diversidade em até 10 dias

Na última quarta-feira, o governo do presidente Donald Trump divulgou um comunicado dirigido a todos os servidores federais dos Estados Unidos, estabelecendo um prazo de 10 dias para que esses profissionais relatem colegas que se recusarem a descontinuar programas voltados à diversidade.

Essas iniciativas têm como foco promover uma maior inclusão no local de trabalho e fomentar a contratação de grupos minoritários. No entanto, tornaram-se alvo preferencial de críticos durante a campanha eleitoral de Trump, especialmente aquelas que buscavam aumentar a diversidade racial e étnica entre os funcionários de instituições públicas e privadas.

O aviso foi emitido pelo Escritório de Gestão de Pessoas, responsável pela administração do pessoal federal. O órgão alertou que os servidores que não cumprirem o prazo enfrentariam “consequências adversas”. O comunicado também enfatizou que “tentativas de disfarçar programas de diversidade com linguagem ambígua ou cifrada não serão aceitas”.

O texto do comunicado critica esses programas, alegando que eles promovem divisões raciais, consomem recursos públicos e resultam em formas inaceitáveis de discriminação. Essa retórica sugere que as iniciativas voltadas para a promoção de minorias poderiam ser prejudiciais aos brancos no mercado de trabalho.

No dia anterior, 21 de setembro, Trump havia assinado um decreto que aboliu as ações afirmativas no governo federal e ordenou a demissão de todos os funcionários envolvidos em programas relacionados à diversidade. O presidente descreveu essas iniciativas como discriminatórias e anunciou sua intenção de priorizar contratações baseadas em mérito.

Os programas conhecidos como DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) já haviam sido criticados por Trump desde seu discurso de posse em 20 de janeiro. Na ocasião, ele expressou sua determinação em combater o que chamou de “engenharia social” que incorpora raça e gênero nas diversas esferas da vida pública e privada, propondo uma sociedade que não reconheça cor e que se fundamente no mérito.