Produtos químicos começam a ser retirados do Rio Tocantins em abril
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- Data: 17/01/2025 13:01
- Alterado: 17/01/2025 13:01
- Autor: Redação
- Fonte: Agência Brasil
Tragédia na Ponte Juscelino Kubitschek
Crédito:Prefeitura de Estreito
Quase um mês após o desabamento de uma ponte que conecta os estados do Maranhão e Tocantins, as autoridades que compõem a Sala de Crise se reuniram novamente para discutir estratégias de remoção de veículos e substâncias químicas que foram lançadas no Rio Tocantins.
O foco principal da reunião incluiu a análise da qualidade da água do rio, a retirada de dez veículos submersos e o manejo dos carregamentos de pesticidas e ácido sulfúrico que estavam a bordo dos caminhões que caíram durante o colapso.
Conforme o cronograma apresentado pelas empresas responsáveis pelas cargas, estima-se que a remoção dos 1.339 recipientes de pesticidas levará aproximadamente 145 dias. No entanto, esse processo só será reiniciado após a redução das vazões do rio, prevista para ocorrer em abril.
No que diz respeito ao monitoramento da qualidade da água, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que as amostras coletadas não apresentaram alterações significativas. O órgão ainda destacou que o Rio Tocantins está em período de defeso, com a pesca proibida até 28 de fevereiro, e não houve indícios de intoxicação nos peixes analisados.
Para assegurar a travessia na região afetada, a Prefeitura Municipal de Estreito, em colaboração com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Marinha do Brasil, deu início às obras para construção de um acesso ao porto que será utilizado. O local designado para essa estrutura é o Náutico Clube, onde foi considerada a segurança das embarcações devido à proximidade da hidrelétrica existente na cidade. Contudo, ainda não há uma data definida para a conclusão das obras.
O Dnit assegurou que o uso das balsas para transporte não implicará em custos para os cidadãos. Além do público geral, as embarcações poderão transportar veículos de passeio, ambulâncias e caminhonetes.
O colapso da ponte ocorreu no dia 22 de dezembro, resultando em 14 mortes confirmadas até o momento. Três pessoas continuam desaparecidas.
As operações de resgate dos corpos com mergulhadores foram temporariamente suspensas devido à necessidade de reabertura das comportas da barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito, em resposta ao aumento no nível do reservatório e às chuvas intensas na área. As equipes permanecem ativas nas buscas exploratórias ao longo das margens do rio e utilizando embarcações.