Auxílio-moradia para vítimas de violência doméstica cresce em Campinas

No primeiro ano de funcionamento do programa, apenas 20 mulheres foram atendidas; já em 2024, o total saltou para 75

  • Data: 10/01/2025 11:01
  • Alterado: 10/01/2025 11:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: G1
Auxílio-moradia para vítimas de violência doméstica cresce em Campinas

Crédito:Arquivo/Agência Brasil

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De acordo com informações divulgadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social, o auxílio-moradia destinado a mulheres em situação de vulnerabilidade social registrou um aumento significativo em Campinas, passando de 20 atendimentos em 2023 para 75 em 2024.

O programa, que visa oferecer suporte às mulheres vítimas de violência doméstica que necessitam deixar seus lares, teve sua implementação em março de 2023, após a sanção da legislação pertinente pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no mês anterior.

Conforme os dados apresentados pela administração municipal, houve um crescimento expressivo no número de beneficiárias. No primeiro ano de funcionamento, apenas 20 mulheres foram atendidas; já em 2024, o total saltou para 75, representando um aumento de 275% no serviço. Cada mulher recebe um valor mensal de R$ 951,70, que pode ser concedido por um período inicial de seis meses, com possibilidade de prorrogação.

A secretária de Assistência Social de Campinas, Vandecleya Moro, enfatizou que o auxílio-moradia é parte de uma rede mais ampla de atendimento a vítimas. Para ter acesso ao benefício, as mulheres devem estar acompanhadas por serviços de proteção social e apresentar um boletim de ocorrência relacionado à agressão sofrida.

Uma das beneficiárias do programa compartilhou sua experiência ao relatar que engravidou após três meses de relacionamento e sofreu sua primeira agressão no dia em que comunicou a novidade ao ex-parceiro. Após esse episódio, ela tomou medidas protetivas e impediu a entrada do agressor em seu condomínio. Contudo, ele conseguiu invadir seu apartamento.

“O auxílio foi crucial para que eu pudesse mudar meu endereço e ter uma gestação segura. Não vi outra alternativa a não ser me mudar”, declarou.

Outra beneficiária, Ana Lúcia Araújo, que atua como operadora de call center e vivenciou um relacionamento abusivo, comentou sobre as dificuldades enfrentadas pelas mulheres que dependem financeiramente dos parceiros: “É complicado encontrar emprego nessa situação. Como mãe solo, há sempre o medo do amanhã e da falta do básico. O auxílio me permitiu pagar meu aluguel e me deu forças para seguir em frente”, afirmou.

Com o crescimento do número de atendimentos às vítimas na cidade, as iniciativas voltadas para apoiar mulheres em situação de violência doméstica demonstram ser uma ferramenta essencial para promover segurança e dignidade às afetadas.

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  • Data: 10/01/2025 11:01
  • Alterado:10/01/2025 11:01
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