Frequência escolar em SP chega à marca inédita de 86,4%

Em novembro, 2,6 milhões de alunos da rede pública estadual estiveram na sala de aula todos os dias; frequência escolar em 2022 era de 79%.

  • Data: 24/12/2024 16:12
  • Alterado: 24/12/2024 16:12
  • Autor: redação
  • Fonte: Agência SP
Frequência escolar em SP chega à marca inédita de 86,4%

Crédito:Secretaria da Educação/Governo de SP

Você está em:

Com monitoramento em tempo real do diário de classe desde 2023 e a implantação das ações de Busca Ativa, o Governo de SP elevou a frequência escolar nas unidades de ensino da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP). O percentual registrado no mês de novembro de 2024, com 86,4% de alunos em sala de aula, é a melhor marca desde o início da gestão. Em 2022, o percentual de estudantes que frequentava a escola todos os dias era de 79%. 

Na comparação com novembro do ano passado, quando a média de presença foi de 81,9%, a frequência registrada em 2024 aponta a volta para a sala de aula de 135 mil alunos geralmente ausentes —, compondo um total de quase 2,6 milhões de crianças, adolescentes e adultos em sala todos os dias. O mês de novembro atingiu a melhor marca desde que a Busca Ativa foi implantada pela Secretaria da Educação, em setembro do ano passado. 

O secretário da Educação, Renato Feder, reforça que mês a mês, na comparação entre setembro e novembro de 2023 e 2024, neste ano as médias foram melhores em todos os períodos. “Todas as ações que a Secretaria tem implantado e reforçado desde o início da gestão tem um foco principal: o aluno em sala de aula, aprendendo. Esses resultados provam que estamos no caminho certo, com espaço para melhorar. Especialmente os resultados de novembro mostram o comprometimento dos nossos alunos e de toda a rede com o Saresp, aplicado para o Ensino Fundamental ao longo deste mês. O avanço da aprendizagem passa pela frequência escolar”, afirma Feder. 

BUSCA ATIVAFREQUÊNCIA ESCOLAR 2024 2023 
AGOSTO 83,70% 80,90% 
SETEMBRO 85,50% 81,90% 
OUTUBRO 85,50% 81,80% 
NOVEMBRO 86,40% 81,90% 

Como funciona a Busca Ativa 

Na rede estadual de ensino, as ações de Busca Ativa passaram a ser obrigatórias a partir de três faltas consecutivas e não justificadas. Uma resolução da Seduc-SP publicada no ano passado estabeleceu o acompanhamento individualizado com a atualização cadastral bimestral dos alunos e acompanhamento diário da frequência pela unidade escolar e diretoria de ensino, o contato e a notificação de pais ou responsáveis.  

Na sede da Secretaria da Educação, uma ferramenta de BI permite o acompanhamento da frequência escolar em toda a rede e o diário de classe deve ser atualizado diariamente pelos professores. 

Os alunos com frequência irregular e número excessivo de ausências têm garantidas possibilidades de recuperação da aprendizagem e de conteúdo. Além da redução das ausências diárias, a Busca Ativa também tem como objetivo evitar o abandono e a evasão escolar.  

LEIA TAMBÉM: Educação de São Paulo anuncia maior investimento da história para 2025 

Do abandono à aprovação na USP pelo Provão Paulista 

Marcos Vinicius Lobato Flores é ex-aluno da Escola Estadual Professora Chlorita de Oliveira Penteado Martins, localizada na cidade de Matão, no interior do estado de São Paulo. Em 2023, ele estava prestes a abandonar o Ensino Médio por conta de problemas pessoais, mas foi “resgatado” pela Busca Ativa da escola, que envolveu a direção, a coordenação pedagógica e professores responsáveis pela ação.  

Tudo deu tão certo que além de concluir a 3ª série no ano previsto, o adolescente está entre os 15 mil estudantes beneficiados na primeira edição do Provão Paulista. Marcos Vinicius foi aprovado para o curso de direito da USP Ribeirão Preto e se mudou da cidade para dar início ao ensino superior. “Se não fosse pela Busca Ativa, eu não estaria na melhor da América Latina”, reconhece o universitário. 

LEIA TAMBÉM: Provão Paulista: gabarito das provas do 1ª, 2ª e 3ª série do Ensino Médio são divulgados 

De ausente à medalhista de ouro 

Em 2023, Alex Cremonesi, de 18 anos de idade, chegou a ter 40% de faltas no segundo bimestre e colecionava notas baixas no boletim. O estudante, um dos acompanhados  por meio da e Busca Ativa, passou por uma transformação dentro e fora da escola coroada, neste ano, com a premiação com uma das medalhas de ouro da 1ª Olimpíada de Matemática das Escolas Estaduais (Omasp). 

Alex e seu professor Marcos Ribeiro SerafimAlex e seu professor Marcos Ribeiro Serafim. Foto: Secretaria da Educação/Governo de SP 

Alex está matriculado na 3ª série do Ensino Médio da Escola Estadual Professor Josué Benedicto Mendes, em Osasco, e conta que,  no pós-pandemia, perdeu a motivação pelos estudos, não tinha interesse em ir à escola e estava mais fechado para as relações com colegas e professores, além de enfrentar alguns desafios dentro de casa. 

“A pandemia me deixou mais quieto e na minha. Na volta para a escola, eu não tinha interesse nas aulas, me sentia desmotivado. Passei a valorizar cada vez menos estar na escola e, por um tempo, decidi trabalhar, chegava em casa cansado e não queria vir para a escola. Foi aí que tive esses recordes de falta”, conta Alex. 

LEIA TAMBÉM: Olimpíada de Matemática: aluno prestes a desistir da escola retoma estudos e leva ouro 

Marcos Ribeiro Serafim, o tutor de Alex na escola, leciona língua inglesa e preparação para o vestibular, e é apenas um dos profissionais da escola Josué que atua no processo de Busca Ativa e resgate de estudantes. Ex-aluno da mesma unidade de ensino, ele voltou à escola como professor em 2021. “Não há lugar melhor no mundo para o estudante do que a escola”, comenta o professor. 

Compartilhar:

  • Data: 24/12/2024 04:12
  • Alterado:24/12/2024 16:12
  • Autor: redação
  • Fonte: Agência SP









Copyright © 2024 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados