Beyoncé abandona videoclipes para destacar essência musical
Artista prioriza voz e composições em seus últimos álbuns, marcando nova fase criativa sem distrações visuais
- Data: 24/12/2024 15:12
- Alterado: 24/12/2024 15:12
- Autor: Redação
- Fonte: Terra
Beyoncé durante show da Renaissance World Tour
Crédito:Reprodução/Twitter
Desde o surgimento da MTV em 1980, os videoclipes se tornaram uma ferramenta crucial para a promoção de artistas de diversos gêneros musicais. Muitos, como Beyoncé, exploraram esse formato de maneira inovadora, utilizando vídeos como extensões de seus álbuns. A cantora, por exemplo, já concebeu álbuns inteiros como experiências audiovisuais, criando clipes para todas as faixas de suas produções.
No entanto, Beyoncé anunciou uma mudança significativa em sua abordagem criativa. Em entrevista à GQ Magazine, a artista revelou que seus dois últimos álbuns – Renaissance (2022) e Cowboy Carter (2024) – não contam com videoclipes, um afastamento do que era sua prática habitual. Esta nova postura parece ser um reflexo de sua percepção renovada sobre o papel do visual na música.
“Acho importante que, durante uma época em que tudo o que assimilamos é o visual, o mundo pudesse focar na voz”, declarou Beyoncé. Ela enfatizou que a música possui uma riqueza histórica e instrumental que merece ser valorizada sem distrações visuais. Para ela, a música deve ter espaço para se desenvolver e ser apreciada em sua essência.
A artista expressou sua preocupação com o fato de que os videoclipes podem ofuscar a verdadeira protagonista: a música. “Às vezes o visual pode ser uma distração da qualidade da voz e da música. Os anos de trabalho duro e detalhes colocados em um álbum… isso leva mais de quatro anos! A música é o suficiente”, afirmou.
Apesar dessa mudança no foco, as apresentações ao vivo continuam a ser elaboradas com grande atenção aos detalhes visuais. A cantora também mencionou seu filme Renaissance: A Film by Beyoncé (2023), que combina um show completo com um documentário sobre a turnê, representando seu sexto projeto desse tipo e evidenciando seu papel como diretora.
Durante a mesma entrevista, Beyoncé compartilhou suas recentes inspirações musicais e cinematográficas. Entre as artistas que têm chamado sua atenção estão Raye, Victoria Monét e Chloe x Halle, além de mencionar seu apreço por clássicos como Stevie Wonder e Marvin Gaye. Ela também citou filmes e séries atuais que têm sido impactantes para ela, destacando Divertida Mente 2 como um dos melhores filmes do ano e sua atual maratona de House of the Dragon.
A versatilidade de Beyoncé se estende além da música; ela também construiu uma carreira no cinema. Desde seu primeiro papel no musical Carmen: A Hip Hopera (2001) até participações em grandes produções como Austin Powers em O Homem do Membro de Ouro (2002) e o remake live-action de O Rei Leão (2019), a artista continua a expandir suas fronteiras criativas.
A recente abordagem de Beyoncé ressalta uma busca pela autenticidade na música, permitindo que o foco permaneça nas composições e na performance vocal, desafiando os padrões contemporâneos da indústria musical.