Assassinato de jornalista brasileiro no México expõe alarmante risco para imprensa
Mais de 150 mortos desde 2000 no país.
- Data: 05/12/2024 16:12
- Alterado: 05/12/2024 16:12
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Reprodução
Na manhã da última terça-feira (3), o jornalista brasileiro Adriano Bachega, de 53 anos, foi morto a tiros em uma movimentada avenida que conecta Monterrey e San Pedro Garza García, no estado de Nuevo León, México. Bachega, natural de Araucária, Paraná, atuava como editor-chefe do Diario Digital Online e era também consultor empresarial. Segundo relatos, homens armados em dois veículos abriram fogo contra ele enquanto dirigia. O ataque resultou em sua morte instantânea após ser alvejado com dez tiros.
O irmão de Adriano, Wesley Bachega, confirmou a tragédia via Facebook, descrevendo-o como uma pessoa bem-humorada e generosa. Wesley lamentou a perda inesperada e mencionou planos de visitar Adriano no México. A morte de Bachega ocorre em um contexto alarmante para jornalistas no país. Apenas dois dias antes, a repórter Victoria Monserrat García Álvarez sobreviveu a um ataque semelhante em Montemorelos, destacando os riscos enfrentados por profissionais de comunicação na região.
Desde 2000, mais de 150 jornalistas foram assassinados no México, de acordo com a Anistia Internacional. Esses incidentes refletem a violência endêmica no país, que contabiliza cerca de 450 mil mortes violentas desde o início da guerra contra as drogas em 2006. Não está claro se o assassinato de Bachega está diretamente ligado à sua atividade jornalística.
A Assembleia do estado pediu ao governador medidas para reforçar a segurança dos jornalistas locais. Enquanto isso, o Itamaraty acompanha o caso e oferece assistência consular à família de Bachega. O trágico episódio ressalta a necessidade urgente de proteção para jornalistas no México, um dos países mais perigosos para a profissão nas Américas.