Casos de arboviroses disparam no Espírito Santo
Estado em alerta para combate a doenças transmitidas por mosquitos
- Data: 02/12/2024 19:12
- Alterado: 02/12/2024 19:12
- Autor: Redação
- Fonte: Agência Brasil
Ministério da Saúde
Crédito:Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O estado do Espírito Santo está enfrentando um aumento expressivo nos casos de arboviroses, conforme relatado pelo Ministério da Saúde na última segunda-feira (2). A situação, que concentra a maior parte dos casos dessas doenças no Brasil, é motivo de preocupação devido à rápida propagação observada.
De acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses, somente em 2024, o Espírito Santo registrou 152,8 mil casos prováveis de dengue. Além disso, foram confirmadas 40 mortes relacionadas à doença, enquanto outras sete ainda estão sob investigação. O coeficiente de incidência no estado é alarmante, com quase 4 mil casos por 100 mil habitantes.
Os dados também revelam que dos 9,6 mil casos de febre do Oropouche registrados nacionalmente este ano, o Espírito Santo é responsável por 1.763 deles. No caso da chikungunya, o estado concentra 13.309 entre os 363,5 mil casos prováveis reportados no país. Em relação ao zika vírus, 516 das 6,4 mil infecções estimadas foram detectadas no estado capixaba.
Recentemente, uma reunião promovida pelo Ministério da Saúde reuniu gestores estaduais e especialistas para discutir o panorama epidemiológico das arboviroses e estabelecer ações preventivas. Este encontro foi organizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente e teve como foco principal desenvolver estratégias eficazes para o controle dessas doenças no Brasil.
Durante o encontro, o Espírito Santo foi destacado devido ao aumento acentuado de casos nas últimas semanas. As discussões giraram em torno da eficácia das medidas de vigilância atuais e da necessidade urgente de intensificar o controle dos vetores responsáveis pela transmissão.
Em outras regiões do país, desafios distintos também foram abordados. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, a preocupação central é a sobrecarga dos sistemas de saúde durante períodos epidêmicos. A reunião enfatizou a importância de um planejamento mais robusto para evitar a saturação das unidades de saúde.
Em Minas Gerais, o debate focou na expansão das capacidades diagnósticas e na formulação de protocolos específicos para o manejo das arboviroses. O estado tem investido em colaborações com universidades locais, resultando em avanços na detecção precoce da chikungunya e outras doenças.
O Ministério da Saúde ressaltou a eficácia deste modelo colaborativo mineiro como uma prática exemplar passível de adaptação por outros estados. Ao término do encontro, reforçou-se o compromisso com o fortalecimento das redes de vigilância, aprimoramento da comunicação intersetorial e implementação de práticas fundamentadas em evidências científicas para conter as doenças transmitidas por vetores.