STF debate responsabilização das redes sociais e remoção eficaz de perfis falsos
STF debate responsabilização das redes sociais e remoção eficaz de perfis falsos.
- Data: 27/11/2024 20:11
- Alterado: 27/11/2024 20:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Divulgação
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento de partes do Marco Civil da Internet, com foco na problemática dos perfis falsos nas redes sociais. Os ministros expressaram insatisfação com a presença dessas contas falsas em seus nomes. Alexandre de Moraes destacou que enfrenta dificuldades para remover perfis falsos que utilizam seu nome, mesmo sem possuir contas em plataformas como Instagram e Facebook. Ele criticou a burocracia das redes sociais, afirmando que provar que um perfil não é seu é mais complicado do que a criação do mesmo.
A ministra Cármen Lúcia também relatou problemas semelhantes, mencionando perfis criados com erros em seu nome. Ela enfatizou o impacto negativo dessa prática, especialmente durante as eleições municipais, quando tais perfis podem confundir eleitores e distorcer informações.
O debate no STF se concentra na responsabilidade das plataformas em relação aos conteúdos gerados por terceiros. Durante a sessão, José Rollemberg Leite, representante do Facebook, argumentou que a maioria das notificações sobre perfis falsos é resolvida automaticamente. No entanto, Alexandre de Moraes questionou essa afirmação, sugerindo que as plataformas ainda falham em remover perfis falsos de forma eficaz.
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, solicitou esclarecimentos adicionais sobre o procedimento de encerramento de contas falsas. A discussão também abordou a possibilidade de remoção desses perfis sem necessidade de decisão judicial.
A deliberação do STF sobre o Marco Civil da Internet pode influenciar significativamente a maneira como as plataformas digitais lidam com perfis falsos e conteúdos prejudiciais, estabelecendo um precedente importante para a regulamentação da internet no Brasil. Essa questão é crucial para garantir a integridade digital e proteger usuários contra fraudes e desinformação.