Bolsonaro nega golpe após indiciamento da PF, enfatiza constitucionalidade e critica STF em coletiva

Ex-presidente busca apoio jurídico em meio a controvérsias crescentes.

  • Data: 26/11/2024 08:11
  • Alterado: 26/11/2024 08:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: Terra
Bolsonaro nega golpe após indiciamento da PF, enfatiza constitucionalidade e critica STF em coletiva

Jair Bolsonaro

Crédito:Valter Campanato/Agência Brasil

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Em uma declaração inédita após ser indiciado pela Polícia Federal por suposta tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) assegurou que não cogitou implementar um golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele afirmou que considerou “todas as medidas possíveis dentro das quatro linhas”, referindo-se aos limites constitucionais.

Bolsonaro pronunciou-se em uma coletiva de imprensa realizada em Brasília, onde retornou para consultar seus advogados sobre as implicações do indiciamento. Esta foi a primeira manifestação pública do ex-presidente após a acusação formal pela PF, que também incluiu outros 36 indivíduos. Entre os indiciados estão figuras proeminentes como os generais Augusto Heleno e Braga Netto, além do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

O relatório da Polícia Federal descreve Bolsonaro como o líder de uma organização criminosa que visava mantê-lo no poder, alegando ainda que ele estava ciente de um suposto plano para assassinar o presidente Lula e outras autoridades em 2022. O documento menciona evidências como mensagens de celular, vídeos e depoimentos colhidos através de delações premiadas.

Durante a coletiva, Bolsonaro negou veementemente qualquer envolvimento ou intenção golpista, ressaltando que “golpe de Estado” nunca fez parte de seu vocabulário. Ele destacou que sempre buscou soluções dentro dos parâmetros constitucionais e expressou ceticismo sobre a viabilidade de um golpe sem o apoio unânime das Forças Armadas.

Nas redes sociais, Bolsonaro criticou a equipe responsável pelo seu indiciamento, acusando-a de utilizar criatividade para fabricá-lo. Ele também direcionou críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

A investigação da Polícia Federal coloca Bolsonaro no centro das atenções políticas e jurídicas do país, desencadeando um debate acalorado sobre as alegações e as provas apresentadas. Enquanto o cenário se desenrola, o ex-presidente mantém sua posição firme contra as acusações e busca estratégias legais para contestar as conclusões do inquérito.

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  • Data: 26/11/2024 08:11
  • Alterado:26/11/2024 08:11
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