Em SP, número de alunos negros ou pardos na rede municipal de ensino aumentou 89% em 10 anos
Prefeitura de São Paulo desenvolve diversas ações pedagógicas para a construção de uma educação antirracista e inclusiva
- Data: 22/11/2024 09:11
- Alterado: 22/11/2024 09:11
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
Sala de aula
Crédito:Arquivo - Agência Brasil
A rede municipal de ensino registrou aumento de 89% no número de estudantes declarados pretos ou pardos no período entre 2013 e 2023. De acordo com o último dado disponibilizado pelo Censo Escolar, no ano passado 424.637 alunos foram declarados pretos ou pardos, enquanto dez anos antes o número era de 223.819. O número de não declarados caiu 55%, passando de 383.989 em 2013 para 169.797 no ano passado.
“Esse aumento reflete o quanto é importante uma educação antirracista nas escolas”, destaca o secretário Municipal de Educação, Fernando Padula. “Nossas crianças estão aprendendo sobre a importância da autodeclaração e de sua identidade desde cedo”, completa.
Os dados recolhidos pelo Censo Escolar são do Sistema Escolar (Escola Online) preenchido pelas unidades educacionais. A cor/raça é declarada pelos responsáveis pelos alunos durante o ato da matrícula.
Além das diversas políticas públicas para enfrentando ao racismo, a Prefeitura de São Paulo também desenvolve diversas ações pedagógicas por meio da Secretaria Municipal de Educação para a construção de uma educação antirracista e inclusiva.
As ações impactam os estudantes da rede e as comunidades escolares. Somente em 2022, mais de 700 mil livros sobre a temática étnico-racial foram adquiridos para distribuição aos estudantes e para o acervo das unidades de ensino. Além disso, em uma ação inédita, 128 mil bonecos negros e migrantes foram entregues nas escolas de Educação Infantil no ano passado.
Todos os meses a Secretaria de Educação visitas monitoradas com os estudantes em exposições do Instituto Moreira Salles, Pinacoteca Luz e Pinacoteca Contemporânea, Museu da Língua Portuguesa, Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, Museu Afro Brasil e SESC Vila Mariana.
Além disso, a secretaria criou o Núcleo de Educação para as Relações Étnico-Raciais (NEER), que fomenta e promove práticas antirracistas, inclusivas e acolhedoras nas unidades educacionais e realiza formações com os professores. O núcleo também é responsável pela elaboração do Currículo Antirracista, que complementa a tríade de outras publicações já disponíveis que trata dos povos indígenas e dos povos migrantes. O documento orienta ações para que as escolas incentivem o conhecimento à diversidade brasileira e potencializem práticas pedagógicas inclusivas e antirracistas.