Elon Musk e Ramaswamy propõem cortar US$ 2 trilhões em gastos nos EUA
Especialistas preveem batalha judicial acirrada.
- Data: 20/11/2024 21:11
- Alterado: 20/11/2024 21:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Reprodução
Na recente decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, Elon Musk e Vivek Ramaswamy vislumbraram uma oportunidade para implementar um plano audacioso de cortes de gastos e eliminação de regulações no governo federal. Escolhidos por Donald Trump para liderar o novo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), os bilionários planejam um corte radical de pelo menos US$ 2 trilhões, inspirado por decisões que limitam a capacidade do governo de regular o setor privado.
A decisão da Suprema Corte, que derrubou a doutrina Chevron, é vista como um sinal verde para reduzir regulações consideradas excessivas. Essa doutrina permitia que agências reguladoras definissem detalhes técnicos das regulações aprovadas pelo Congresso. Com sua queda, Musk e Ramaswamy argumentam que muitas normas atuais ultrapassam a autoridade conferida pelo Congresso, sugerindo uma libertação para pessoas e empresas.
O artigo publicado no The Wall Street Journal destaca que o DOGE proporá ao presidente Trump a suspensão imediata de várias dessas regulações. A expectativa é que isso estimule a economia americana, apesar das críticas esperadas sobre abuso de poder. A dupla sustenta que, na verdade, estarão corrigindo tal abuso, como no caso de servidores públicos decidindo tecnicamente sobre poluentes sem diretrizes legislativas claras.
Um impacto direto será a demissão em massa de servidores públicos, justificando-se pela necessidade reduzida de fiscalização e produção normativa. Apesar das proteções legais contra retaliações políticas, cortes de gastos são considerados válidos. Contudo, especialistas alertam para uma provável judicialização desse processo.
Com data marcada para dissolução em 2026, o DOGE simboliza uma visão de governo mais enxuto, alinhado aos princípios dos fundadores dos EUA. Esta abordagem pode redefinir a relação entre governo e mercado, com implicações profundas na administração pública e econômica do país.